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Morre o ator Domingos Montagner, aos 54 anos

Domingos Montagner - Foto: TV Globo/ Caiuá Franco O ator Domingos Montagner, de 54 anos, que desapareceu na tarde desta quinta-feira, dia 15/09, enquanto nadava

Domingos Montagner - Foto: TV Globo/ Caiuá Franco
Domingos Montagner - Foto: TV Globo/ Caiuá Franco

Redação Publicado em 16/09/2016, às 12h54

O ator Domingos Montagner, de 54 anos, que desapareceu na tarde desta quinta-feira, dia 15/09, enquanto nadava no rio São Francisco, no município de Canindé do São Francisco, em Sergipe, foi encontrado morto perto da usina de Xingó, preso nas pedras, a cerca de 30 metros de profundidade.

A TV Globo emitiu um comunicado oficial sobre a morte do artista. Leia na íntegra:

Hoje [15/9], o ator Domingos Montagner gravou cenas de Velho Chico na parte da manhã e, depois de gravar e de almoçar, foi tomar um banho de rio. Durante o mergulho, o ator não voltou à superfície. A atriz Camila Pitanga, que estava no local, avisou à produção, que iniciou imediatamente as buscas, com a ajuda de helicópteros do Grupamento Tático Aéreo, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e pescadores da região.

Um dos grandes atores da atualidade e intérprete do personagem Santo na novela Velho Chico, Domingos nasceu em São Paulo. Antes de se tornar conhecido nacionalmente por meio de personagens marcantes de novelas e minisséries, trilhou uma bem-sucedida carreira no teatro e no circo, sua grande paixão.

Formado pelo Circo Escola Picadeiro, criou em 1997, ao lado do diretor Fernando Sampaio, o La Mínima. Com 12 espetáculos, o grupo obteve grande destaque em 2008 com a montagem A Noite dos Palhaços Mudos, que rendeu a Domingos o Prêmio Shell de Melhor Ator. Em 2003, em mais uma parceria com Sampaio, criou o Circo Zanni, do qual era diretor artístico.

A estreia na TV foi no seriado Mothern, no GNT, em 2008. A participação especial como o personagem João abriu as portas da televisão para Domingos que, em pouco tempo, se tornou um dos atores mais queridos e elogiados do país.

Em 2010, ele participou do seriado Força Tarefa, de Marçal Aquino e Fernando Bonassi, e da série A Cura, de João Emanuel Carneiro. Com o sedutor Carlos, da série Divã, em 2011, chamou definitivamente a atenção do público, que voltou a aplaudi-lo no mesmo ano, quando viveu o Capitão Herculano Araújo na novela Cordel Encantado, de Thelma Guedes e Duca Rachid. Pelo papel, recebeu os prêmios Contigo e Melhores do Ano (Domingão do Faustão), ambos na categoria Ator Revelação.

Em 2012, ele interpretou seu primeiro protagonista, Paulo Alberto Ventura, presidente do Brasil no enredo da minissérie O Brado Retumbante, de Euclydes Marinho. Mais um personagem marcante, pelo qual recebeu o prêmio Contigo na categoria de Melhor Ator de Série/Minissérie. No mesmo ano, atuou em Salve Jorge, de Glória Perez, como Zyah. O sucesso na TV o levou ao cinema em 2012, com uma participação especial no longa-metragem Gonzaga – de Pai Pra Filho, de Breno Silveira.

Em 2013, voltou a viver um personagem criado pelas autoras Thelma Guedes e Duca Rachid, o revolucionário Raimundo Fonseca (Mundo) da novela Joia Rara. Em 2015, interpretou Miguel, o protagonista de Sete Vidas, de Lícia Manzo, e deu vida ao icônico delegado Espinosa, criado pelo escritor carioca Luiz Alfredo Garcia-Roza e adaptado para a televisão na série ‘Romance Policial – Espinosa’, do GNT. Ainda no ano passado, o ator participou dos longas-metragens Vidas Partidas (Marcos Schechtman), De Onde te Vejo (Luiz Villaça) e O Outro Lado do Vento (Walter Lima Jr). No final de agosto, o ator lançou ainda a comédia Um Namorado para Minha Mulher, de Julia Rezende.

Domingos deixa a mulher, Luciana Lima, e três filhos.