CINEMA

Mayana Neiva fala sobre romance lésbico em filme feito por mulheres: “O Brasil é preconceituoso”

Atriz estrela o filme “Bem-Vinda de Volta”, de Christiane Fogaça

Mayana Neiva vive romance lésbico no filme Bem-Vinda de Volta - Foto: Reprodução/ Instagram@mayananeiva e Divulgação/ Milena Seta
Mayana Neiva vive romance lésbico no filme Bem-Vinda de Volta - Foto: Reprodução/ Instagram@mayananeiva e Divulgação/ Milena Seta

Redação Publicado em 29/04/2022, às 07h19

Intérprete de Marcela no filme Bem-Vinda de Volta 一 de Christiane Fogaça, feito apenas por mulheres 一, a atriz Mayana Neiva, de 38 anos, falou sobre a importância de levar ao público questões da temática LGBTQIAP+.

Em entrevista à Quem, a atriz explicou que a trama, apesar de retratar uma história comum, tem bastante “delicadeza” e “riqueza” ao mostrar a relação interna da personagem:

“Faço a Marcela, que é uma personagem que tem uma jornada de se assumir dentro da família e lidar com todas as questões. Acredito que ela era heterosexual até então e depois se descobre em uma relação. Depois de um tempo, ela precisa se ver naquele lugar. É uma história um pouco comum. Tantas mulheres que se descobrem depois de um certo tempo. Tem bastante delicadeza e riqueza nas relações com a mãe, os irmãos e a família. O filme não se baseia só na relação das duas, mas na jornada e na relação dela interna de aceitação. É uma grande personagem”, acredita.

“O Brasil é muito preconceituoso”

Ao falar sobre o trabalho, Mayana criticou a homofobia e ressaltou que o Brasil ainda é um país muito preconceituoso.

“O Brasil é um país ainda muito preconceituoso. O Brasil é o país mais LGBTQIAP+ do mundo. É um país muito retrógrado em relação à diversidade. A gente ainda é a maioria na sociedade, as mulheres, os negros, os gays e ainda representamos minoria nos lugares de poder. É uma conquista muito importante a gente levar esses debates para o cinema, porque aproxima as pessoas do afeto dessa reflexão. Não é só luta por direitos, mas entender o lugar psicológico dessas lutas”, acrescentou.