Assim como em seu primeiro filme, Eggers entrega outra obra de arte primorosa. O Farol já nasceu clássico. Veja a nossa crítica.
Redação Publicado em 03/11/2019, às 14h03
O Farol, que também tem sido conhecido como The Lighthouse (seu nome em inglês), é o novo filme de Robert Eggers, diretor que conseguiu arrebatar fãs com apenas dois filmes no currículo.
Em 2015, ele dirigiu seu primeiro longa-metragem: A Bruxa ganhou uma legião de fãs no mundo inteiro e hoje já é considerado um clássico moderno. Ironicamente, é um trabalho com os dois pés fincados no passado: o diretor, também roteirista da produção, voltou-se para o inglês antigo (onde os atores precisaram aprender o sotaque da Nova Inglaterra no século XVII) e contou uma história calcada na mitologia da época.
E é na mitologia que ele volta à ação, trazendo dois astros de maior grandeza para um filme onde eles dominam a tela em 100% do tempo: Willem Dafoe e Robert Pattinson brilham como Thomas Wake e Ephrain Winslow, os dois únicos personagens a aparecer na tela (com exceção de uma aparição que não pode ser dita aqui, pois é spoiler).
Se em A Bruxa discutiu-se o poder feminino, em O Farol a temática está do outro lado: ao trancar dois homens brutos dentro de um farol isolado em uma pequena ilha, o filme desconstrói-se as noções de masculinidade tão arraigadas em nossa sociedade, ao mesmo tempo em que nos encanta com uma história que envolve a mitologia marítima e traz diversas referências literárias (Edgar Allan Poe, por exemplo) e cinematográficas (de Stanley Kubrick a Ingmar Bergman).
O filme, que venceu o prêmio FIPRESCI em Cannes neste ano, foi exibido na Mostra Internacional de São Paulo, e deve chegar aos cinemas brasileiros na primeira semana de janeiro de 2020.
O que podemos adiantar é que, assim como em seu primeiro filme, Eggers entrega outra obra de arte primorosa. O Farol já nasceu clássico. Veja o vídeo completo com a nossa opinião:
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