“Fiz muito sexo vestido de Bozo”, revela Marcos Fiel, um dos intérpretes do palhaço nos anos 80

Intérprete do palhaço Bozo de 1983 a 1986, Marcos Fiel revelou detalhes dos bastidores de um dos programas infantis mais famosos da televisão brasileira durante um bate-papo com a jornalista Lisa Gomes. 

Adorado pelo público infantil e também adulto, Marcos contou, entre outras coisas, que costumava receber propostas sexuais de mulheres por conta da fantasia. No programa, ele detalhou o convite feito por uma empresária:

“‘Meu sonho, meu desejo era ter relações com você vestido de Bozo’... e eu tive. Fui para um estado e teve uma secretária de uma empresária que pediu para ficar mais dois dias. Eu consegui a folga na TV e eles me deixaram mais dois dias e eu tive muita relação vestido de Bozo com essa mulher. Achei meio estranho, mas ela era louca pelo personagem, mas depois não me senti bem, em respeito ao personagem”, revelou ele.

Já livre do vício em drogas, o ator contou que procurava alivio no sexo quando estava drogado: “A droga te induz ao sexo, tive muitas relações, hoje agradeço muito a Deus de ter saído limpo de tudo isso, apenas colesterol alto. Me relacionava com muita gente, às vezes nem sabia quem era de tão louco”, revelou.

“Usava para dar barato”

Marcos contou ainda que já fazia uso de maconha e álcool quando começou a interpretar o palhaço Bozo.

“Eu tive problemas muito sérios, porque quando entrei para fazer o Bozo eu já fazia o consumo de maconha e bebida. Dentro da televisão eu vim conhecer o mundo da cocaína. Usava pouco para dar o que chamam ‘o barato’, apresentava e os maquiadores ficavam até com raiva porque tinha que maquiar novamente porque o nariz escorria”, disse ele.

Companhia das drogas

Marcos revela que usou drogas com outro intérprete do Bozo: “Usei com o Arlindo (Barreto), todo mundo sabe, ele mesmo confessa que fazia muito uso, nós chegamos a usar muitas vezes juntos. Já o Luiz Ricardo nunca soube de nada”, pontua.

Música de sucesso

Marcos é um dos compositores da canção Se você quer sorrir gravada por outra dupla de palhaços: “Tudo que eu ganhava no Patati Patatá eu jogava nas drogas, Rinaldi (Dono da marca Patati Patatá) tentou me ajudar, me internou na clínica, mas eu fugi, fiquei 40 dias limpo”, lembra.

“Entrei no crack, uma droga pior do que todas, fiquei com 51 quilos e usava 40 pedras por dia. Ficava 5 dias virado e não voltava pra casa, cheguei a morar dentro de um barraco na favela, as pessoas estavam me fazendo de ‘avião’ e chegou uma hora que eu disse: ‘Não é isso que eu quero’”.

Limpo há 9 anos

Marcos contou que está há 9 anos sem usar drogas: “Me internei uma vez só, de livre e espontânea vontade. Fui para uma clínica, em 12 dias que passei lá, fiquei 8 trancado como animal, tomando um monte de remédios, tendo que dizer ‘amém’, muitas dores no corpo. Fugi da clínica. Hoje sou cristão, tive um encontro muito sério com Deus, hoje sou liberto”, comemora.