Cantora baiana disse que “só o empresário ganhava dinheiro” na época
Redação Publicado em 19/08/2020, às 14h31
Carla Cristina revelou que recebia apenas R$ 500 por show na época em que era vocalista do grupo grupo As Meninas, responsável pelo hit Xibom Bombom, que dominou o Brasil nos anos 2000.
Em entrevista ao Lisa, Leve e Solta, programa comandado pela jornalista Lisa Gomes no YouTube, a cantora baiana revelou que a banda recebia R$ 80 mil por apresentação, e que “só o empresário ganhava dinheiro”:
“Ganhava por show uns 500 reais e as meninas (da banda) ganhavam bem menos, uns 100 reais, por aí. Isso me incomodava muito, as meninas estavam com a cara no projeto, na televisão e não tinham condições de comprar um carro para se locomover. Ficavam gastando dinheiro com transporte, de táxi, era bem delicado. Enfim, é passado, deixa pra lá”, desabafou a artista.
“Só o empresário ganhou dinheiro, hoje vivo muito bem do que eu produzo. Na verdade sempre tive uma condição financeira confortável, minha família é bem estruturada. Hoje sim, eu vivo muito bem da música, consigo manter um padrão de vida confortável, mas na época das meninas ficava pai e mãe pagando contas”, comentou.
Na entrevista, Carla contou que, na época de maior sucesso, o staff do grupo impedia que o público chegasse mais perto dela. “Naquela época a produção não deixava ninguém chegar perto de mim, aquilo me deixava nervosa, mal-humorada. Eles me blindavam de uma forma que pra chegar perto de mim era praticamente impossível”, pontuou.
“Eu não entendia muito bem daquilo. Não que o sucesso me incomodasse, muito pelo contrário, o sucesso é maravilhoso, me incomodava era não poder estar mais próxima dos fãs como eu gostaria de estar, isso me incomodava bastante”, frisou na sequência.
No bate-papo, a cantora tambe´m explicou o motivo pelo qual o grupo decidiu não se reunir para um show especial para comemorar o hit Xibom Bombom.
“Eu até pensei em fazer uma turnê comemorativa, mas a marca As Meninas não me pertence, mas eu poderia fazer sim uma turnê comemorativa cantando todo repertório. A gente até tentou, fizemos várias reuniões na minha casa pra tentar a possibilidade, mas aí teria que entrar um patrocínio muito grande. A ideia ainda não foi totalmente esquecida, descartada, existe uma vontade muito grande”, disse ela.
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