Débora Bloch e Marcos Winter falam sobre seus personagens em Segunda Chamada, nova série da Globo - Foto: Reprodução/Globo Débora Bloch e Marcos Winter são dois
Redação Publicado em 13/09/2019, às 11h46 - Atualizado às 11h46
Débora Bloch e Marcos Winter são dois veteranos que passaram algum tempo afastados da telinha, e que agora retornam com papéis importantes na nova série que a Globo estreia em outubro.
Trata-se de Segunda Chamada, uma produção que se passa dentro de uma escola de ensino noturno para jovens e adultos. Ela interpretará uma professora; ele, um homem que sofre com sequelas de um AVC.
“Para compor a Lúcia, minha personagem, fui a muitas escolas de ensino para jovens e adultos; e conversei com muita gente. O que me tocou muito foi ver como os professores são comprometidos com o trabalho e especialmente com os alunos”, comentou Débora sobre a inspiração para sua personagem.
Para ela, os professores do país deveriam ser mais reconhecidos: “Só reforçou minha esperança vê-los ensinar. Saber que tem gente que acredita que este trabalho vai transformar o país em algo melhor só me fez bem. Acredito que essa seja uma série a ser dedicada aos professores, a esses heróis”, disse.
Já Winter, que volta a atuar em produção da Globo após seis anos de ausência, dará vida a Alberto, marido do personagem de Débora, um homem que sofre com as sequelas de um AVC. “É um clichê, mas é bacana porque é um desafio”, disse sobre seu papel.
Para interpretar um papel difícil como esse, o ator e uma parte da equipe tiveram encontros com uma neurologista em São Paulo, que deu o auxílio necessário para que pudessem criar o personagem com fidelidade. “Ela foi imprescindível para dar credibilidade ao que ele tem”, afirmou Marcos.
Na trama, Alberto não consegue falar, e por isso o espectador não terá certeza se ele entende as coisas que estão acontecendo ao seu redor. “Não sabemos se ele tem algo como a Síndrome do Encarceramento ou se realmente não entende o que está acontecendo”, ponderou. Essa síndrome é conhecida entre pessoas que passam pelo problema do AVC, em que todos os músculos, menos os olhos, são paralisados mas a consciência permanece.
Marcos, que tem licenciatura em Artes Cênicas e já deu aula de educação artística na mesma escola onde estudou quando adolescente, entende bem da temática de Segunda Chamada. “Dar aula é uma cachaça maravilhosa, tão apaixonante quanto a profissão de ator. Lidar todos os dias com uma história diferente e com tanta gente em uma idade que é a do conhecimento… E você ser minimamente responsável por aquilo… Alguns daqueles alunos não vão te esquecer”, disse.
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