Nego do Borel relembra época em que trabalhou para o tráfico - Foto: Reprodução Convidado do programa De Cara, da rádio o FM O DIA, o cantor Nego do Borel
Redação Publicado em 11/05/2017, às 19h43 - Atualizado às 20h36
Convidado do programa De Cara, da rádio o FM O DIA, o cantor Nego do Borel relembrou a época em que trabalhou para o tráfico.
Durante a entrevista, o artista relembrou as dificuldades financeiras enfrentadas por ele e pela família, quando ainda moravam no Morro do Borel, na Barra da Tijuca, e declarou o “dinheiro fácil” acabou servindo como chamariz.
“Eu não tinha dinheiro para comprar roupa para ir para o colégio. Teve uma época em que eu não estava indo para a escola, por não ter uma estrutura familiar. Eu não podia ficar dentro de casa o tempo todo. Por conviver com o tráfico, por ter dinheiro fácil, por não ter estudo, o tráfico chama”, contou.
“É muito desacreditado as pessoas que moram na comunidade. Por você não ter estudo, não ter oportunidade de trabalho, você acaba ficando encantado. O jovem que fica na comunidade sem fazer nada, vê aquilo tudo, é mulher, é cordão de ouro… a minha vida era aquela dali da comunidade”, continuou.
A conversa seguiu com o cantor dizendo que trabalhou junto com seis meninos, e que enterrou todos eles:
“Eu trabalhei com seis moleques para o tráfico de drogas. Hoje só eu que estou vivo, eu enterrei um por um, fui ao enterro de todos eles. Eu vi aquilo ali, e pensei ‘caraca, meu Deus, o próximo sou eu’. Quando você entra é tranquilo, o problema é você sair. Você começa a usar drogas para ficar na atividade, eu experimentei maconha e não queria aquilo para mim e graças a Deus eu consegui [sair do tráfico]”, completou.
Ao responder a pergunta de um ouvinte, Nego do Borel também falou sobre sua participação em Malhação, e a escalação para a nova versão de Os Trapalhões, na TV Globo.
“Graças a Deus, depois da primeira temporada de Malhação, eu renovei. Fiz mais uma temporada mesmo pensando que não iria conseguir. Depois eu fui chamado para fazer Os Trapalhões, tô muito feliz ”, comemorou o artista, que fará um personagem inspirado em Tião Macalé no humorístico.
“Fazer Malhação foi uma coisa muito boa para mim. Foi um clínica que lavou a minha cabeça, eu melhorei muito depois disso. Você aprende a ter disciplina, a ter humildade e a entender a hierarquia das coisas. Eu cheguei na Malação eu era o Nego do Borel, sai de lá muito diferente um ano depois. Eu cheguei sem pensar no dinheiro, eu estava realizando o meu sonho em estar na TV”, disse.
“Não [não é mulherengo], sou bem tranquilo. Teve, sim, uma época que eu fiquei solteiro, que era de segunda à sexta. Um dia era com a vizinha de cima, depois outra… O momento que eu estou vivendo é isso: ‘mulher fácil’. Mas eu prefiro ficar tranquilo, porque a minha família é evangélica, é muito apegada a Deus, e eu acho que o cara que fica com um montão de mulher, todo dia vai pra balada, gasta dinheiro, fica muito pesado, a costa pesa. Eu não quero isso para mim. Quero estar bem com o papai do céu”, explicou.
Durante o bate-papo, Nego do Borel também falou sobre a confusão envolvendo ele, a cantora Ludmilla, e a torcida do Fluminense, na chegada ao estádio do Maracanã.
“O que aconteceu foi o seguinte… para ir para o Maracanã, eu vou pela Tijuca, e eu não sabia que a torcida do Fluminense ficava no portão 9, exatamente aonde a gente entra para ir para o camarote. Eu saí e dei de frente com a torcida, e eu gosto de zoar. Estava ouvindo música, e meu tio estava com a camisa do Flamengo. Veio um cara com a mão que dá duas da minha, e bateu no peito dele. Nisso veio aglomerando um monte de tricolor, tiraram meu boné, bateram no meu carro e teve um que jogou um líquido em mim. Daí eu saí do carro. Eu não saí porque eu sou tranquilo, eu sou de boa”, explicou.
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