Astrid Fontenelle revela casos de abuso sexual que sofreu: “Minha mãe morreu sem saber”

Astrid Fontenelle revela casos de abuso sexual que sofreu - Foto: Reprodução/Instagram Astrid Fontenelle revelou três casos de abuso sexual que sofreu durante

Redação Publicado em 21/06/2016, às 15h30

Astrid Fontenelle revela casos de abuso sexual que sofreu - Foto: Reprodução/Instagram

Astrid Fontenelle revelou três casos de abuso sexual que sofreu durante sua adolescência em depoimento para a revista Marie Claire, que vem publicando vários relatos de mulheres que passaram por essas situações. Em texto publicado nesta terça-feira (21), a apresentadora do Saia Justa, programa do GNT, contou suas tristes histórias.

“Meu primeiro susto foi aos 13 anos dentro de um ônibus. […] Um dia, enquanto eu estava sentada, um homem colocou o pinto enorme para fora e eu saí correndo de dentro do ônibus, desci até em outro ponto. Um horror! E nunca contei para minha mãe”, contou Astrid.

Já o segundo caso ocorreu quando a apresentadora tinha 15 anos. Um garoto, que fazia parte de um grupinho que frequentava uma casa de sucos em frente ao colégio que ela estudava, a convidou para ir à casa dele: “Fui porque ele era gato e eu queria namorá-lo, mas não queria transar com ele. Eu era virgem na época. Nunca mais vou esquecer. Ele morava no primeiro andar. Quando cheguei, esse garoto que era mais velho e mais forte, começou a me pegar por trás, a me forçar. Me lembro de falar: ‘Eu não quero, eu sou virgem’. Comecei a gritar, consegui me libertar dele e fugi. Quando passei pela portaria, o faxineiro e o porteiro do prédio estavam rindo. Hoje o que concluo é que era algo que devia ser comum ali. Anos depois eu o reencontrei numa festa na casa de uma amiga em comum e uma hora ele me pegou pelo braço. E eu disse: ‘Hoje vai ser diferente. Na melhor das hipóteses, eu te levo pra delegacia e ferro com a sua vida’. Aí ele me soltou”.

Ela ainda contou outro caso que ocorreu dentro de casa: “O terceiro caso é mais triste porque era um namorado da minha mãe, quando eu também tinha uns 15 anos. Ela foi trabalhar em São Paulo e eu fiquei no Rio morando com ele. Era um cara adorável, gente boa. De repente um dia eu acordo com ele me bulinando. Fiquei paralisada como eu tivesse tomado um choque. Aí me mexi e ele saiu do quarto. Passei a viver em pânico com ele. A minha mãe só voltava de final de semana. O meu maior medo foi o de destruir o sonho dela. Imagina eu contar! Ela adorava esse cara. Depois disso, às vezes ele entrava no quarto e eu já falava: “O que foi? perdeu alguma coisa aqui?” ou às vezes eu estava dormindo, ele encostava em mim, eu já acordava e ele falava que tinha vindo me cobrir. Comecei a trancar o quarto. A minha mãe me dava bronca por eu trancar a porta e eu não dizia a verdade, passei a mentir. Você acha realmente que o teu corpo é o pecado, que você é o pecado. Me sentia muito culpada por ser adolescente, ter peitinho e ser desejada por quem não deveria. Ela morreu sem saber da verdade”.

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