A atriz Carolinie Figueiredo postou uma foto em seu Instagram nesta quarta (17) fazendo topless, que veio acompanhada de um texto de empoderamento.
Redação Publicado em 17/04/2019, às 16h27 - Atualizado às 17h52
A atriz Carolinie Figueiredo postou uma foto em seu Instagram nesta quarta (17) fazendo topless, que veio acompanhada de um texto empoderando mulheres que são consideradas “fora do padrão”.
Ela contou, no texto que acompanha a foto, que sempre foi pressionada a emagrecer para se encaixar no padrão de beleza vigente, e que sofreu muito por isso. Explicou também que já tomou atitudes das quais se arrepende para tentar se encaixar dentro desse padrão, mas que hoje, às vésperas de completar 30 anos, a sua cabeça mudou e ela passou a aceitar e amar o seu corpo. Além disso, ela também aproveitou para elogiar Suellen Lorenci, sua nutricionista, que a ajudou nessa caminhada.
Muitas seguidoras de Carolinie comentaram na foto sobre as suas experiências com o seu corpo e sobre a pressão de viver em uma sociedade que preza pelos corpos sarados. Outros, no entanto, apontaram falhas no discurso da atriz: “Não entendo …. se vc se aceita, pq a mudança? Se essa transformação é sempre afirmada q deve ser de dentro p fora, qual a necessidade da transformação do corpo? Me desculpe, mas fica parecendo propaganda paga. Sem julgamentos, mas as vezes me sinto confusa em relação ao que se discursa e ao que se faz. Bjs de luz”, falou uma delas.
Leia o texto completo:
“Eu li que a maior forma de reprimir uma mulher é impondo a ditadura da beleza aos nossos corpos. Eu desde muito cedo escuto: ‘você é linda, seu rosto é lindo, só precisa dar uma secadinha/fechadinha’. Como sou atriz desde 5 anos eu comecei ouvir essas frases desde muito cedo. Permaneci minha vida inteira lutando com a balança. As vezes nem por opção, mas revendo meu caminho até aqui: oscilo profundamente entre ‘uau estou numa fase boa, focada, disciplinada, regradinha, fechei a boca, estou ainda mais motivada’ e fases de largar tudo pro alto e afrouxar, desistir, comer compulsivamente pra suprir sei lá o que.
“O que acontece é que quando somos metralhadas desde cedo com imagens de perfeição, a gente odeia o próprio corpo, porque junto com ele vem a mensagem de sermos erradas, imperfeitas e não amarmos o próprio corpo. O padrão esmaga. Eu destruí meu corpo várias vezes por não me amar e não me aceitar. Fiz as maiores rebeldias e revoluções com meu próprio corpo, hoje sei como proteção da objetificação, e porque de alguma maneira jogava pro meu corpo minha próprias frustrações e rejeições num ciclo vicioso. Nessa jornada de amor próprio e aceitação eu estou engatinhando mas reconheço que já caminhei. Eu ainda estou no meu próprio caminho. Agora aos 30 (sábado 20/04) começa uma nova fase: olhar pro meu corpo e pra minha alimentação de um lugar de mais consciência, amor e presença.
A @nutrisuellenlorenci começou comigo um processo profundo de perceber quando é fome e quando é tentar calar outras demandas. Me ensinou que preciso tirar toxinas e vícios de alimentação que machucam consciente e inconscientemente. Será a primeira vez que iniciarei um processo que não é sobre calorias, ou emagrecer, ou chegar em algum lugar. Um caminho com presença, aceitação e consciência. sinto que preciso de força e encorajamento. Honro @nutrisuellenlorenci pelo suporte e sua medicina poderosa. Me conta aqui abaixo como está seu processo com seu corpo: aceitação + consciência, como é isso pra você?”.
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