Luisa Mell conta no Como Os Animais Salvaram Minha Vida como se tornou uma ferrenha defensora dos animais - Foto: Reprodução/ Instagram Defensora ferrenha dos
Redação Publicado em 28/02/2018, às 10h30 - Atualizado às 10h32
Defensora ferrenha dos animais, Luisa Mell conta no livro Como Os Animais Salvaram Minha Vida, que acaba de lançar, que chegou a pensar em suicídio após sua demissão repentina do Late Show, exibido de 2002 a 2008 pela RedeTV!.
À revista Marie Claire, ela explicou que a impossibilidade de salvar os animais a fez pensar em tirar a própria vida, e que só não fez isso por causa dos cães Marley e Gisele, que tinha em casa:
“Olha, foi bem difícil… Eu não conseguia lidar com tanto sofrimento e desilusão naquele momento que eu salvava os animais e de repente não podia salvar mais. Eu realmente pensei em me matar algumas vezes. Graças aos meus dois cachorros [Marley e Gisele] – que são tudo pra mim – não fiz isso. Eu falava: ‘não posso abandoná-los. Eles nunca me abandonariam, estiveram sempre do meu lado, são meus anjos da guarda.’”, explicou.
Aos 39 anos, Luisa diz que estava no fundo do poço, e que demorou bastante tempo para conseguir sair daquele estado de espírito:
Ao falar sobre o livro, Luisa revelou que funcionou como uma “terapia intensiva”, e que “abriu o coração” para mostrar a importância de defender os bichos.
“Eu abri minha alma para encostar no coração das pessoas, falar sobre minha causa, no que acredito. Não nasci vegana, eu me tornei. Quis mostrar os fatos que foram me transformando para tentar conscientizar”, disse.
Defensora incansável dos animais, Luisa conta que já salvou milhares de cães, gatos e outros animais que precisaram de ajuda:
“Milhares. Só no Instituto [Luisa Mell], que existe apenas há 3 anos, já salvamos mais de 3.500. Já faço isso há muito tempo, então não consigo ter esse número exato. Na época do ‘Late Show’ já tinha passado de 5 mil. Mas também tem os indiretos, que eu considero muito. Muita gente não adotou diretamente comigo, mas adotou porque começou a escutar o que eu dizia. Isso para mim é o maior presente”, comemorou.
À publicação, Luisa contou que o Facebook acabou se tornando seu aliado na luta para salvar os animais:
“No começo eu odiava o Facebook… Eram um milhão de pessoas me pedindo ajuda. Eu ligava o meu computador e queria me matar porque não ia conseguir ajudar todo mundo. Ficava mais deprimida. Hoje tenho um ‘exército’: milhões de pessoas que me ajudam quando eu posto. A gente consegue ter uma voz – óbvio que não do tamanho que eu gostaria nem que a causa deveria. A internet foi uma grande salvação. Eu sempre falo que eu perdi meu microfone, mas ganhei um teclado, que tem um alcance muito maior”, opinou.
Acostumada a ver todo tipo de barbaridade que fazem com os animais, Luisa Mell explicou que ainda fica deprimida ao ver um bicho sendo mau tratado, mas que a vitória de trata-lo e vê-lo se recuperar a deixa melhor:
“Ficava muito deprimida e ainda fico. Mas eu olho para aquilo que eu consigo fazer, para os animais que salvo – muitos eu perco, mas a grande maioria eu salvo. Às vezes, eu vejo um animal naquele estado de sofrimento e depois de alguns meses recuperado e adotado. Isso me dá força para prosseguir”, completou.
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