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Françoise Hardy comenta que defende suicídio assistido e diz que está "perto do fim"

Ícone da música francesa comenta sobre seus tratamentos contra o câncer

Françoise Hardy, ícone da música francesa - Foto: Reprodução
Françoise Hardy, ícone da música francesa - Foto: Reprodução

Redação Publicado em 18/06/2021, às 18h11

Françoise Hardy, cantora e compositora francesa de 77 anos, disse em uma entrevista que se sente perto do fim da vida e que defende o suicídio assistido. Além de ser um dos nomes mais importantes no cenário musical francês, Françoise também é um ícone fashion.

Nos anos 2000, a cantora foi diagnosticada com câncer linfático e descobriu um tumor em seu ouvido no ano de 2018. Em entrevista para a revista Femme Actuelle, ela contou que os anos de tratamento para o câncer causaram uma dor muito grande. A cantora tem dificuldade para falar, então, cedeu a entrevista por e-mail.

"Não cabe aos médicos atender a cada solicitação, mas abreviar o sofrimento desnecessário de uma doença incurável a partir do momento em que ela se torna insuportável", disparou a compositora.

Ela também comentou sobre como sua mãe sofria antes de morrer por eutanásia devido a doença de Charcot-Marie-Tooth, um distúrbio neurológico: "Quando ela não podia ir mais longe nesta horrível doença incurável". "No que me diz respeito, gostaria de ter essa oportunidade, mas dada à minha alguma notoriedade, ninguém vai querer correr ainda mais o risco de ser afastado da comunidade médica”.

"Todos nós temos o sonho impossível de morrer em paz. Sei que a morte é só a do corpo que, com a entrega da alma, a liberta e lhe permite voltar à dimensão misteriosa da qual veio, enriquecida com tudo o que a sua última encarnação lhe ensinou. Meu sofrimento físico já foi tão terrível que tenho medo de que a morte me obrigue a passar por ainda mais sofrimento físico", desabafou a cantora.

Françoise explicou que, em seu caso, a morfina para aliviar as dores não é mais uma opção. "Ela só pode ser administrada em doses massivas para que eu morra, e não em doses menores para que sofra menos. Também tenho medo da imensa tristeza da forma de separação dos seres que mais amamos no mundo, que é a morte", afirmou Françoise.