Cantor iria comemorar a data com muito samba, cerveja e cantando
Redação Publicado em 04/02/2021, às 08h10
O músico Zeca Pagodinho celebra seus 62 anos nesta quinta-feira (04/02) e, se não fosse pela pandemia, poderia estar comemorando a data do jeito que gosta com muito samba, cerveja e cantando ao lado dos amigos e da família.
Em conversa com o Jornal Extra, Zeca comenta que irá celebrar o aniversário com mais calma, junto com o filho Louisinho, 32, que também faz aniversário nesta quinta-feira. "Não vou receber ninguém. Não dá. Fico aqui com os netos, com os filhos e as filhas. Mas quem fez uma festa de 60 anos como eu fiz pode ficar dez anos sem fazer".
Como presente, a gravadora Universal Music decidiu disponibilizar diversos vídeos para ele, que está sem se apresentar desde o início da pandemia da Covid-19. Os vídeos contam com gravações de um show de 1999, que deu origem ao disco e DVD 'Zeca Pagodinho - Ao Vivo', e, semanalmente, serão lançadas em plataformas de streaming, como a Amazon Music e Youtube Music, além de outras plataformas.
A gravação aconteceu no palco do Canecão, casa de shows de Botafogo, na Zona Sul, que após uma disputa judicial longa, acabou fechando em 2010. "O Canecão era tão bacana. Fiquei com tanto medo de ir para lá, achando que não ia dar público, que meu público era só do subúrbio. Mas teve dia com fila na porta! E eu não queria fazer o show, dizia: “Rapaz, ninguém me conhece lá”. Cadê o Canecão? Fechou e não cuidaram de nada. Até a localização dele é legal, com aqueles bares. Quando acabava, a gente ia beber por ali".
Zeca afirma que mal pode esperar para poder voltar a sua rotina de gravadora, salão de beleza para cortar o cabelo ou fazer as unhas, além de ir ao shopping para passear: "Tô doido para tudo isso acabar. Vou acompanhando a vacinação. Só se fala nisso, né? Mas para a minha idade nem se falou em data ainda".
"Essa doença não deveria ter chegado ao Brasil. Tem casa em que moram oito pessoas, com um banheiro. Como é que vai distanciar? Como é que ficam as favelas? Não tem como distanciar no BRT ou no trem", lamentou o sambista. Zeca também disse que ficar de quarentena não foi produtivo para ele, que alegou ser impossível conseguir encontrar inspiração. "Não vejo nada. O que eu vou ter para falar nas músicas? Preciso do contato".
Durante os primeiros meses de quarentena, ele acabou descobrindo três cadernos antigos, no qual foi iniciativa da cantora Teresa Cristina, que tem pesquisado sobre sua carreira. Diversas letras antigas, que nunca haviam sido transformadas em música, foram encontradas, e Zeca tem a intenção de fazer todo o material ter um novo futuro: "Quando eu for vacinado, vou ver parceiros para musicar. Tô na intenção do meu compadre Arlindo Cruz voltar para a gente fazer isso juntos".
Ele continuou: "Mas também quero levar para o Jorge Aragão e um bocado de gente. Outros que nem trabalharam comigo ainda vão querer mexer também". Os cadernos são tratados como 'tesouros' e são guardados em um cofre cheio de outros 'tesouros', como discos de Odair José, Velha Guarda da Portela e Martinho da Vila. " Quando eu quero escutar, eu tiro do cofre, escuto e boto de volta. Tem até DVD dos Trapalhões lá", admitiu.
Ainda de quarentena, Zeca afirmou que passa os dias vendo reprises das novelas do Canal Viva: " Sou fã das novelas antigas. Das novas, eu não gosto. Quero ver os artistas antigos que a gente não vê mais. Gosto de ver a "Escolhinha do Professor Raimundo" também". O cantor acabou pedindo, aproveitando ser o aniversariante: "Quero "O Bem-Amado" de volta à TV. Aquilo é que era curtição. Ou então “Amor com o amor se paga”, que tinha o Nonô Correia, personagem do Ary Fontoura", finalizou o cantor.
COLUNISTAS
Eduardo Graboski
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