Oscar Schmidt revela que parou de fazer quimioterapia para tratar um câncer no cérebro
Redação Publicado em 13/10/2022, às 15h15
Comandado por Daniela Albuquerque, o ‘Sensacional’ desta quinta-feira (13/10) recebe o ex-jogador de basquete Oscar Schmidt. Na atração, exibida às 23h pela RedeTV!, o convidado abre o jogo sobre o início de sua carreira.
Conhecido como ‘Mão Santa’, o atleta se tornou um dos nomes mais importantes do basquete mundial. Durante as três décadas de trajetória, conquistou diversos títulos, como o primeiro mundial de um clube brasileiro, com o Sírio, e o Panamericano de 1987, em um jogo contra os Estados Unidos, favoritos da competição.
Apesar dos mais de dois metros de altura, Oscar nem sempre quis se tornar um profissional. Ao programa, o também palestrante revela que, quando jovem, era apaixonado por futebol, mas confessa nunca ter levado jeito com os pés. “Eu jogava, mas era o último a ser escolhido [na formação dos times], porque eu era ruim mesmo."
Aos 13 anos, no entanto, o esportista decidiu dar uma chance às quadras e se juntou ao time Unidade Vizinhança, sediado na capital federal, Brasília, onde criou gosto pelo esporte e permaneceu até sua ida ao juvenil do Palmeiras, em 1974. "Meu medo era a minha mãe negar a minha vinda para São Paulo, porque eu sabia que era o grande centro do basquete. Quando ela deixou, na hora pensei: 'Estou no céu'", brinca ele, que pouco tempo antes não teve permissão da matriarca para integrar a equipe do Sport Recife.
Já em São Paulo, Oscar conta ter passado por algumas dificuldades. Para aprimorar o arremesso, o ex-jogador sempre permanecia após o horário convencional dos treinos, fazendo outros mil lançamentos, sendo o último atleta a chegar em casa: "Eu morava em uma república que tinha mais sete jogadores. Passava fome. Chegava e só tinha pudim de pão (...) A tia fazia comida na medida certa, mas tinha sempre alguém que pegava o pedaço que era meu e eu não comia", recorda.
Ainda na atração, Oscar Schmidt, diagnosticado em 2011 com um tumor cerebral, relembra o tratamento contra o câncer, comentando que há poucos meses resolveu interromper as sessões de quimioterapia. "Parei esse ano, eu mesmo decidi parar", afirma ele, que pondera ter recebido liberação médica anos atrás. "Morria de medo de morrer. Fechar o olho e não acordar mais, para mim era um terror. E graças ao tumor, perdi esse medo."
Hoje, aos 64 anos e pai de dois filhos, fruto do seu relacionamento de quase cinco décadas com Maria Cristina, Oscar comenta o que espera da vida: “Não quero ser melhor palestrante ou melhor jogador. Quero ser um marido e um pai melhor".
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