“Saímos como traidoras”, contou a atriz
Redação Publicado em 19/09/2024, às 05h42
A atriz Juliana Baroni, de 46 anos, a eterna Catuxa Jujuba, aproveitou a participação no programa Conversa Com Bial para falar sobre a demissão em massa que acabou com a sua geração de paquitas.
Acompanhada de Bárbara Borges e Stephanie Lourenço, ela explicou que o desligamento do Xou da Xuxa aconteceu por causa do livro Sonhos de Paquita - Nos bastidores do Xou (1996), escrito por João Henrique Schiller, ex-diretor do programa.
A obra reúne uma “coletânea de desabafos” das assistentes de palco da Rainha dos Baixinhos, incluindo os assédios que elas sofriam por parte de Marlene Mattos nos bastidores.
“O documentário é a oportunidade de contar melhor essa história 30 anos depois, com distanciamento, maturidade e com leveza, se é que é possível dizer isso. Foi uma catarse para a minha geração de Paquitas”, disse Juliana.
Ela acrescentou: “Teve muito mal-entendido por causa do livro. Até a própria Xuxa achava que a gente estava querendo destruir a carreira dela. Saímos meio como traidoras da história e foi pesado isso. Quando entrei no palco pela última vez para passar o bastão para a nova geração, foi um dos piores dias da minha vida”, lamentou.
Na atração, Juliana lembrou o dia em que foi substituída por Bárbara Borges.
“Estava me concentrando para entrar, estava muito triste! E a Bárbara estava na outra fila das que iriam assumir o posto. Olhei para a Bárbara me segurando para não chorar e ela já estava chorando muito! Eu, meio ressentida, perguntei por que ela estava chorando. E ela, muito carinhosa, cheia de sororidade, me respondeu: ‘Estou chorando porque estou muito feliz de ser paquita, mas eu sou fã de vocês e estou sofrendo’”, lembrou.
Parte da última geração de paquitas, Stephanie Lourenço falou sobre a polêmica seleção de “meninas padrão” na época:
“Tem um lado que causou dor em crianças naquela época, que feriu muito a autoestima de crianças ali, que foi a falta de representatividade. Nosso grupo também virou sinônimo disso. Era um padrão estético extremamente racista”, lamentou.
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