Coreógrafo participou do “Conversa com Bial”
Redação Publicado em 10/10/2025, às 10h52
O coreógrafo e dançarino Carlinhos de Jesus, de 72 anos, contou que a dança faz parte de sua vida desde a infância.
Convidado do programa Conversa com Bial, ele contou ao jornalista Pedro Bial que pediu para o pai colocá-lo em uma “academia de dança” quando tinha 10 anos:
“Aos 10 anos falei: ‘Pai, me bota em uma academia, quero dançar’. Ele olhou para a minha cara, não falou absolutamente nada e foi para o trabalho”, lembrou.
Carlinhos acrescentou: “Como era de costume, às 5 horas, eu e minha irmã mais velha ficávamos de banho tomado, sentados na beirada do quintal, porta aberta, na calçada da rua esperando meu pai chegar. Eu pegava a pasta, a gente vinha com mãos dadas com ele. Ele abre uma pasta e tira uma folha de papel ofício com academia de jiu-jitsu Marrom. Marrom era um cara forte, professor. Fiz cinco dias e saí”, disse ele, rindo da situação.
O coreógrafo explicou que o pai acabou entendendo sua aptidão para a dança: “Passou um tempo, eu ia para as festas com ele, que era conhecido e pessoa pública do bairro, era convidado para todos os eventos. Ele passou a ouvir os amigos falando: ‘Minha filha pediu para levar o Carlinhos’”.
“Quando eu chegava nas festas, tinha clube da Luluzinha e do Bolinha. Eles ficavam separados no canto, tiravam onda, meio marrentos, e as meninas todas lá, com laço na cabeça. Eu chegava e quando eu olhava tinham dez meninas ali. Eu tirava uma, pegava a segunda, na décima, voltava para primeira. Os meninos ficavam p&¨% da vida e meu pai orgulhoso: ‘Esse é meu filho’”, lembrou.
No programa, Carlinhos também falou sobre a doença autoimune 一 neuropatia radiculopática desmielinizante crônica 一 que o levou a usar cadeira de rodas e muleta, por causar perda de força e paralisia nas pernas.
“Já aprendi a lidar com a doença. Minha mulher é médica e eu pedi para me explicar, me falar direito, já que teria que conviver com isso”, completou.
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