Marlus Viana falou sobre os bastidores da banda, que considera "sombrio"
Redação Publicado em 16/09/2021, às 15h09
Marlus Viana evitou a imprensa desde que saiu da Banda Calcinha Preta e se envolver em algumas polêmicas, entre elas ao ser acusado de agressão pela esposa. Ele deu uma entrevista ao canal de Lisa Gomes no YouTube onde falou sobre os bastidores da banda, considerada uma das maiores do forró no país.
Com a banda Calcinha Preta, Marlus gravou cerca de 15 CD’S e 3 DVD’s e se destacou com o sucesso Balada Prime. Ele não poupou palavras em relação aos colegas de trabalho.
“Era muito complicado cantar na Calcinha Preta porque você cantava ao lado de mais três ou quatro estrelas. E trabalhar ao lado dessas estrelas é extremamente difícil porque eles são muito bons e talentosos e para você tentar despontar e mostrar seu talento, se torna muito mais difícil. Então já existia uma briga, não maldosa, sem máfia, sem malícia, mas existia uma disputa pura de tentar se destacar”, conta.
Marlus garante que nunca teve desentendimentos com os outros integrantes, “A gente nunca teve briga no camarim, existia uma preocupação de cantarmos pouco, eu via isso na gente. A disputa que eu falo era o desenvolvimento individual para poder sobressair diante daquela constelação, ou você fazia isso, ou era atropelado”, lembra.
“Nunca vi uma discussão entre cantores, a única coisa que discutíamos na banda é que a gente não aguentava mais cantar. Era uma discussão mútua, de não aguentar mais cantar. Chegamos a fazer 7 shows em dois dias”, relembra.
O ex-vocalista também foi questionado se ganhava bem como um dos vocalistas da banda, “Nenhum cantor ganhou dinheiro com a Calcinha Preta. Nós tínhamos um salário bom, o gasto era absurdo, ninguém ficou rico com a Calcinha Preta, digo dependendo da banda", garante.
"Quem conseguiu ficar rico é porque conseguiu fazer um comércio com o dinheiro que ganhou e expandir esses valores. Na Calcinha Preta eu ganhava R$ 5 mil, isso em 2003, 2004. Pode ser um salário bom, mas para o que a gente trabalhava e o que a banda faturava não era justo, éramos assalariados”, explicou na sequência.
Em 2016 Marlus começou a pensar em carreira solo e hoje se permite está com a família, “Eu passei 15 anos sem passar um Natal e Reveillon com a minha família. A gente ‘virava’ ano no Calcinha Preta dentro do ônibus, viajando, na estrada”, lembra.
Veja a entrevista completa:
COLUNISTAS
Danni Cardillo
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