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"Antes da série, eu era mais cética", diz Maria Ribeiro sobre trabalho em Desalma

Ao lado de Cássia Kis e Cláudia Abreu, atriz protagoniza a série da Globoplay

Cláudia Abreu e Maria Ribeiro em cena de Desalma, da Globoplay - Reprodução/Globoplay
Cláudia Abreu e Maria Ribeiro em cena de Desalma, da Globoplay - Reprodução/Globoplay

Redação Publicado em 01/11/2020, às 08h46

Maria Ribeiro protagoniza a série Desalma ao lado de Cássia Kis e Cláudia Abreu. A trama tem recebido críticas positivas -- veja a nossa clicando aqui -- e também tem cativado o público com uma história de suspense incomum.

A atriz deu uma entrevista para a Quem, publicada neste domingo (01/11) onde falou sobre sua experiência na série -- inclusive comentando sobre o teste que realizou para conseguir a personagem, Giovana.

"Queria o papel de qualquer maneira. Fazer um papel desses na televisão é diferente. A autora, Ana Paula Maia, vem da literatura e tem um texto incrível. A direção do Manga (Carlos Manga Jr.) também me interessava muito, sem falar na chance de trabalhar com Cacau (Cláudia Abreu) e Cássia (Kiss)", explicou.

Questionada se já havia passado antes por um processo intenso para compor a personagem, Maria confirmou. "Para mim, não. Nada parecido. Minha personagem começa de forma muito cética na história. Também sou cética, ateia. No meio das gravações, tive uma perda familiar e decidi entrar uma igreja. Nossa! Eu não entrava em igreja sei lá há quantos anos e fui entrar bem no meio do trabalho", relembrou.

"Antes da série, eu era mais cética e agora estou acreditando em tudo. Minha mãe é muito religiosa, muito católica. Quando meus pais separaram, minha mãe tinha que se excomungar. Eu pensava: ‘que igreja é essa?’. Fiquei com muito bode da igreja. Atualmente, adoro o Papa Francisco e acho ele incrível. Acredito em mistérios e energia. Estou acreditando em bruxas, de maneira geral", disse na sequência.

Desalma foi selecionada para ser exibida no Festival de Berlim, e Maria disse ter ficado animada de participar do tradicional evento com uma série de televisão.

"Quando soube que a série foi selecionada para o Festival de Berlim, eu liguei para o Manga e falei: “Não sei se você vai, mas eu vou nem que seja a pé”. Ir para Berlim com uma série de televisão foi muito incrível porque, normalmente, os festivais consomem uma brasilidade mais óbvia. De violência, pobreza, Nordeste", frisou.

Ela prosseguiu: "Quando a gente chegou lá, tínhamos uma série que poderia ser de qualquer lugar, podia ser dinamarquesa. Não tem o 'selo Brasil' e, claro, amamos o 'selo Brasil'. Mas é muito legal mostrar que se pode fazer qualquer tipo de dramaturgia por aqui, Sem querer ser jeca colonizada, mas é que dá um gostinho, um orgulho, sabe? É uma fotografia que dá gosto, como se dissesse 'não tô atrás ninguém. Fora isso, fiquei com respeito aqui em casa", disse.

Questionada sobre esse "respeito" adquirido, Maria detalhou: "Aqui em casa, é Stranger Things. Novela nunca me daria moral com meus filhos, já esta série... Se bobear, eles vão gostar", brincou a artista sobre seus filhos, João e Bento.