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Alexandre Nero fala sobre chegada de filhos: "Não posso mais morrer"

Alexandre diz que criou mecanismo para se esquecer das coisas após a perda dos pais

Ator revelo que nunca ligou para crianças e que sempre flertou com a morte - Reprodução/Instagram/@alexandrenero
Ator revelo que nunca ligou para crianças e que sempre flertou com a morte - Reprodução/Instagram/@alexandrenero

Redação Publicado em 30/07/2021, às 11h38

O ator Alexandre Nero falou sobre como a perda de seus pais impactou em sua relação com os filhos, em conversa com O Globo, e afirmou que nunca havia ligado para crianças e que sempre "flertou" com a morte. 

Questionado sobre a perda dos pais, Alexandre diz que a chegada de seus filhos foi uma "revisita aos pais": "Com a perda deles, criei um mecanismo para me esquecer das coisas. Bloqueei algumas lembranças por motivo de sobrevivência. Conforme os filhos nascem, você também percebe que o seu pai está ali! O que é a genética, né? Sou um pai fora dos padrões. Quando o meu primeiro filho nasceu, tinha 45 anos. Eu nunca liguei muito para criança, sabe? Sempre flertei com a morte. Estava na vida para matar ou morrer. Não tinha medo de nada. Fazia loucuras mil."

Ele prosseguiu: "Com a chegada deles, o medo passou a fazer parte da minha vida. Antes, eu podia morrer. Agora, não posso. Tenho ideias utópicas sobre a maternidade e paternidade". O ator afirma ser um equívoco achar que se aprende sendo pai e mãe apenas sendo: "Existe um preparo que as pessoas deveriam ter. Um preparo intelectual, pedagógico, psicológico para se criar um filho. Por isso as crianças têm tantos problemas porque os pais não sabem o que fazer com elas. Eu mesmo não sabia, e continuo não sabendo."

"Não sabia como brincar, não sabia como falar, como tratar. Fui atrás de pedagogo, vídeos, livros". Alexandre também revelou como foi educação: "Eu também fui educado na base do grito e da porrada. E tudo bem. Mas não é certo. Ninguém vai construir um prédio sem saber como fazer. Então, por que você vai criar um filho sem saber como? Defendo a ideia de a sociedade pensar num jeito de dar base", disse.