Bárbara Borges lembrou relacionamento abusivo e falou sobre consumo de bebidas alcoólicas - Foto: Reprodução/ Instagram Bárbara Borges recorreu ao Instagram no
Redação Publicado em 10/03/2020, às 18h54 - Atualizado às 19h02
Bárbara Borges recorreu ao Instagram no último final de semana para fazer um desabafo forte.
Na rede social, a ex-paquita e atriz lembrou de um relacionamento abusivo pelo qual passou e também detalhou os problemas que teve devido ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
“Eu não tinha a menor noção do tanto de machismo estrutural que me silenciava e que eu, inclusive, permitia e até reproduzia. Abusos na infância, abusos psicológicos, assédio, ser diminuída e chamada de ‘louca e desequilibrada’… Recentemente, caiu a ficha de uma situação vivida no passado: uma ‘’brincadeira’ que um namorado fazia comigo quando eu estava empolgada falando algo. Ele fechava a minha boca ‘carinhosamente’ fazendo ‘shshshshsh, fica caladinha’. Sim, era exatamente essa frase que ele usava sempre fechando com os dedos a minha boca”, começou ela.
“Por mais que lá no fundo eu sentisse um desconforto com isso, eu achava engraçado, eu ria, eu acreditava mesmo que eu falava besteira sempre e me calava. E até me sentia amada porque ele fazia igual o pai dele fazia com a mãe. Loucura, loucura! Infelizmente antes eu não tinha a consciência que tenho hoje, não era tão segura de mim para falar: ‘Para! Não gostei, não quero, não permito que me cale’, por mais boba e insignificante que a situação fosse. Isso serve para diversas situações abusivas mais pesadas das quais eu sempre me culpei”, continuou.
Ao falar sobre o consumo de bebidas alcoólicas, Bárbara explicou que estava tentando “empurrar o sofrimento para debaixo do tapete” e que “bebia para se proteger”:
“Eu vivi muito tempo da minha vida empurrando tudo o que me fazia sofrer para ‘debaixo do tapete’. Para me proteger e sobreviver, usei o artifício das ‘máscaras’, das bebedeiras cada vez mais exageradas. E assim fui me afastando de mim. Porém, mesmo atrás de tantas máscaras, o meu ‘eu iluminado’ que foi escondido mandava sinais de ‘acorda!’. Em 2012, comecei a dar os primeiros pequenos passos desse despertar. Esse processo tomou força ainda maior quando engravidei em 2013. No meu processo de despertar, a vida naturalmente me aproximou de mulheres incríveis feministas”, revelou.
Na postagem, a atriz classificou a caminhada como “trilha do autoconhecimento”:
“Memórias vieram à tona. As máscaras foram caindo. Uma por uma. Eu pedi a Deus tanto pela verdade, que me mostrasse a verdade, que a vida jogou um holofote. Comecei a enxergar com clareza. A gente sofre, mas vai curando e libertando. Comecei a me impor, tive que lutar muito por mim, para soltar a voz da minha mulher. A luta é diária. Eu ainda preciso gritar muito para me defender do machismo/patriarcado”, completou.
COLUNISTAS