"Você vira motivo de chacota", diz ex-BBB Cris Mota sobre dificuldade em conseguir trabalho - Foto: Reprodução / Instagram Cris Mota participou da primeira
Redação Publicado em 09/01/2020, às 11h46 - Atualizado às 11h50
Cris Mota participou da primeira edição do Big Brother Brasil, que foi ao ar no primeiro semestre de 2002. Ao contrário do que se pensa quando se trata de ex-participantes do programa, ela teve alguma dificuldade na vida pós-fama.
“As pessoas me reconhecem hoje mais pela voz. Todo mundo que me olha agora fala: ‘Como o tempo fez bem para você!’. É uma diferença gritante mesmo. Quis mudar após me ver no BBB. Quando comecei a me ver na TV, achei o figurino muito estranho. Eu levei para a casa uma blusa de ex-namorado, pijama da mãe… Era bizarro! Procurei uma stylist logo que saí da casa e ela foi me mostrando roupas com marcas mais legais e acabei mudando o meu cabelo também”, relembrou ela em uma entrevista concedida para a Revista Quem nesta quinta-feira (09/01).
Ela, que ficou conhecida por seus cabelos loiros, roupas ousadas e seu gosto pelo funk, agora está bem diferente. Ela se reinventou: admite que não curte mais funk, preferindo jazz, blues e rock.
“Hoje não consigo ouvir funk mais. Escuto blues, jazz, rock nacional… Quando saí do BBB, duas gravadoras me procuraram para me lançar como cantora de funk. Fizemos até uma demo, mas daí me procuraram para substituir a Verônica Costa no Furação 2000 e fui”, disse.
Em seguida, explicou seu desgosto com o gênero atualmente. “Aproveitei muito essa época, fiz muitos bailes, escrevi músicas. Mas depois os MCs mudaram e o funk virou pornográfico e agressivo. Não é o funk que eu gosto”, afirmou.
Cris conseguiu ficar em evidência na mídia após o reality terminar. Na entrevista, ela contou que fez muita presença VIP em festas. “Fiquei quatro anos fazendo eventos e festas por todo o Brasil. Chegou uma hora em que eu não aguentava mais essa vida. Gosto de levantar cedo, me cuidar. Tentei voltar para a minha área, mas não conseguia emprego de jeito nenhum”, explicou, garantindo ter sofrido preconceito por ser ex-BBB.
Segundo ela, houve muita dificuldade para se arrumar na vida profissional, mas hoje trabalha como produtora, tem uma agência de publicidade e pretende entrar no ramo de alimentação saudável com a abertura de um restaurante.
“Eu era chefe da assessoria de comunicação da câmara dos vereadores. Quando saí do BBB, soube que tinha sido exonerada e que estava desempregada. Resgatar a minha vida foi muito difícil. As pessoas te julgam muito e você vira motivo de chacota nas empresas”, revelou.
No bate-papo, ela contou uma tentativa de constrangimento em um novo trabalho. “Meu padrasto é da Marinha e eu disse para ele que precisava trabalhar, queria ter carteira assinada. Ele me arranjou uma vaga no setor de eventos do Clube Naval. No meu primeiro dia de trabalho, todos colocaram uma foto em seus computadores da Tathy Rio pelada pensando que fosse eu. Quiseram me sacanear, mas não deu certo. Quem me dera ter o corpão da Tathy”, brincou.
Agora, com a vida toda em ordem, Cris também comemora a estabilidade na vida pessoal. Casada há 14 anos, agora pensa em adotar uma criança.
“Tenho um cachorro. Cheguei a fazer inseminação artificial há seis anos, mas não vingou, acabei perdendo e foi bem traumatizante. Tive que fazer o aborto no Dia dos Pais. Daí resolvi que se tiver que vir um filho, terá que vir de forma natural. Se não vier, penso em adotar. Quem sabe no ano que vem não venha uma criança aí”, contou, planejando seu futuro sem a sombra do reality.
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