Cerca de 1.500 garrafas da bebida feita com ingredientes dos arredores de Chernobyl foram confiscadas
Redação Publicado em 18/05/2021, às 11h05
Cientistas da Ucrânia estão travando uma batalha judicial contra o governo para lançar vodka feita em Chernobyl, após cerca de 1.500 garrafas da bebida feita com ingredientes dos arredores da cidade terem sido confiscadas.
Fabricada por cientistas ucranianos e britânicos, a vodka foi batizada de Atomik e faz parte de um experimento que durou quatro anos, com o objetivo de investigar a possibilidade de retomar a agricultura com segurança na região.
Agentes da segurança ucraniana confiscaram o primeiro lote das garrafas em março deste ano e a justificativa não foi em relação ao medo da possível radioatividade da bebida:
"O motivo que nos deram era de que as garrafas tinham selos falsificados. Mas, claramente, eles tinham os selos do Reino Unido. Estamos torcendo para que tenha sido apenas um engano", explicou o professor de ciência ambiental da Universidade de Portsmouth, Jim Smith, e um dos envolvidos na produção da vodka ao ABC News.
Os cientistas tinha expectativa de que o primeiro carregamento da Atomik fosse enviada ao Reino Unido ainda neste ano, enquanto o dinheiro arrecadado seria revertido para a população que mora nos arredores do epicentro do desastre nuclear de 1986. Mesmo sendo proibida, o cultivo de alimentos é praticado há anos pelacomunidade na 'Zona de Exclusão'.
Estudos publicados pelos cientistas, que realizam pesquisas sobre a recuperação ambiental de Chernobyl, afirmam que a lei ucraniana perdeu a razão de existir, já que os níveis de radiação da cidade teriam caído o suficiente. Jim Smith ainda garante que o pouco de radiação encontrado nas maças usadas para produzir a vodka teriam sido filtradas.
Ele ainda relatou: "Recebemos emails de pessoas de todos os cantos do mundo perguntando: onde conseguimos comprar uma?".
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