Guilherme Fontes está no ar atualmente como Mario, de Boogie Oogie. Crédito: Reprodução/TV Globo Quem acompanhou a produção de cinema desde o final dos anos 90,
Redação Publicado em 16/10/2014, às 14h43
Quem acompanhou a produção de cinema desde o final dos anos 90, sabe da novela em que se meteu o ator Guilherme Fontes ao captar junto ao Governo Federal R$ 12 milhões para adaptar o livro Chatô, de Fernando Morais. Pois bem, segundo o ator, após 15 anos do início das filmagens, o longa finalmente vai ganhar os cinemas.
“Vou conseguir estrear com muito sacrifício, investindo todo o dinheiro que eu tenho e o que não tenho, até o fim do ano. Aquele filme que todo mundo pensa que não existe!”, disse ele em entrevista ao jornal O Dia.
Guilherme foi massacrado pela imprensa na época ao ser acusado de má utilização do dinheiro público, já que o projeto não foi concluído dentro do prazo estipulado, e condenando a três anos de reclusão por sonegação fiscal. Porém, a pena foi revertida em prestação de serviços comunitários e multa.
“Espero que todo mundo que um dia duvidou, questionou, supôs qualquer coisa, vá agora conferir o Chatô no cinema. Em vez de ficar falando de mim, fale do filme. É muito melhor!”, disse, magoado ainda com os julgamentos aos quais foi submetido durante todos esses anos.
Mas mesmo assim, o intérprete de Alexandre em A Viagem e Mario em Boogie Oogie diz ter superado o drama e se diz inocente. “Não me sinto injustiçado, fui criminalizado incorretamente. Mas eu fui mais forte. O meu esporte predileto não é roubar, ao contrário do de muita gente”, comentou. “O filme vai estar no cinema e tem uma pequena obra de arte ali”, garantiu o ator.
Chatô, o Rei do Brasil é uma biografia de Assis Chateaubriand, fundador dos Diários Associados e um dos homens mais influentes e polêmicos do Brasil no século XX, escrita por Fernando Morais e lançada em 1994.