Calor e umidade elevam crises alérgicas no verão: especialista explica como prevenir problemas respiratórios

Com a chegada do verão, doenças respiratórias comuns — como asma, rinite alérgica, sinusite e conjuntivite alérgica — tendem a se agravar. Segundo o alergista e imunologista Dr. Bruno Bastos, condições típicas da estação funcionam como gatilhos que intensificam as crises e exigem cuidados redobrados.
O calor intenso leva muita gente a recorrer ao ar-condicionado, mas o uso inadequado do aparelho pode piorar quadros alérgicos. O especialista orienta três medidas essenciais para evitar problemas:

1. Manter a temperatura acima de 20°C, evitando o ressecamento e irritação da mucosa respiratória;

2. Limpar o filtro semanalmente, removendo poeira e sujeiras superficiais;

3. Fazer manutenção técnica a cada seis meses, garantindo que o equipamento não acumule e disperse ácaros, fungos e bactérias.
Além disso, as tradicionais pancadas de chuva de verão aumentam rapidamente a umidade, criando um ambiente propício para proliferação de fungos e ácaros — dois dos maiores inimigos das pessoas alérgicas. A umidade ideal deve ser mantida entre 30% e 60%.
O clima quente também estimula passeios em áreas verdes. Para quem tem alergia ao pólen, locais gramados e jardins podem desencadear crises imediatas. Outro fator de risco são viagens e hospedagens em hotéis ou casas de praia que ficaram fechadas por muito tempo, onde o acúmulo de poeira e mofo pode transformar o lazer em incômodo respiratório.
Para manter a saúde em dia durante o verão, o especialista recomenda:
Seguir as regras de uso do ar-condicionado;
Utilizar desumidificadores eletrônicos para manter a umidade adequada — especialmente em regiões de praia;
Levar capa antiácaros para travesseiro ao viajar;
Aplicar soluções acaricidas no ambiente;
Usar desumidificador portátil sempre que necessário.
Dr. Bruno lembra ainda que, quando há diagnóstico confirmado de alergia, vacinas antialérgicas podem oferecer remissão significativa das doenças respiratórias, proporcionando mais qualidade de vida. Em crises leves, antihistamínicos podem auxiliar, mas sintomas como falta de ar e dor de cabeça intensa exigem atendimento médico imediato.
Fonte:
Dr. Bruno Bastos é especialista em Alergia, Asma e Imunidade, com título reconhecido pela ASBAI e 15 anos de experiência. Membro da EAACI, atua com diagnóstico e tratamento personalizado para promover bem-estar e controle das doenças alérgicas.

Contato: 
@drbrunoalergista