Ator elegeu os melhores disfarces do personagem e contou que a trama é ótima para o momento atual do país
Redação Publicado em 01/05/2020, às 06h50
Intérprete de Pancrácio na novela Êta Mundo Bom!, Marco Nanini contou que não acompanha muito a reprise da novela no Vale a Pena Ver de Novo por ser muito crítico consigo mesmo.
“Eu prefiro não acompanhar tudo, mesmo sendo uma reprise porque sou muito crítico comigo, então só dou umas olhadas. É uma novela muito leve, que já vem com um sorriso, tem uma trama muito bem construída, com muita comédia, acho que é perfeita para o momento atual”, disse ele, referindo-se à pandemia do novocoronavírus.
O personagem marcou o retorno de Nanini às novelas após 14 anos atuando como Lineu Silva, seu personagem no seriado A Grande Família.
“Cada trabalho é um desafio novo, tem uma importância. Pancrácio era um personagem muito rico, cheio de histórias, muito lúdico. Foi um ótimo momento ter saído de 14 anos em A Grande Família com uma novela tão bem estruturada, leve e com um elenco maravilhoso. Era trabalhoso porque eu chegava mais cedo quando tinha que gravar os disfarces, ficava um tempo enorme no figurino e maquiagem, mas era uma delícia. Pancrácio me encantou mais que os personagens que fiz depois, ele me dava muitos subsídios para interpretar. Além disso, tinha a direção do Jorge Fernando, que conduziu a trama muito bem. Ele faz muita falta”, disse.
Cheio de disfarces, o personagem obrigava Marco Nanini a chegar mais cedo aos Estúdios Globo.
“Era bem trabalhoso, mas eu tinha comigo uma profissional nota mil, a caracterizadora Dayse Teixeira, que criou os tipos com perfeição. O tempo antes era uma diversão. Eu, ela e a figurinista Beth Filipecki criávamos os personagens juntos – a construção das cenas que o Walcyr escrevia envolvia essas pessoas. O personagem tinha até cenas de ação, ele corria, subia em cima de telhado. Era uma loucura fazer e muito divertido”, garantiu o ator.
Dentre os vários disfarces que usou, dois ganham destaque na opinião de Nanini:
“Teve uma bailarina que inventei com a equipe, e ela era bem acima do meu peso, eu usava espuma no corpo e queria fazer ela saltitante também. Eu consegui e, na hora, demos muitas risadas. Os personagens traziam um exercício de interpretação maravilhoso. Teve também o irmão gêmeo do Pancrácio que apareceu mais adiante na trama, o Pandolfo. Walcyr apostou nesses múltiplos tipos com um desenvolvimento bom da história. Acho que por isso funcionou tão bem”, ponderou.
Cumprindo direitinho as orientações de quarentena, o ator explicou que está aproveitando para ver tudo com mais calma.
“Leio muitos livros e visito a internet, procuro assuntos para estudar, fico vendo vários conteúdos com calma. Assisto também muitos filmes, vídeos, documentários. Ficar em casa não me incomoda porque sempre gostei, mas me angustiam o perigo que estamos correndo e as notícias ruins, essa é a parte difícil”, completou.
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