Hotel Carioca Palace será um dos cenários principais de Pega Pega - Foto: TV Globo/ Estevam Avellar A produção investiu pesado na cidade cenográfica de Pega
Redação Publicado em 17/05/2017, às 12h06
A produção investiu pesado na cidade cenográfica de Pega Pega, próxima novela da sete da Globo.
Serão três localidades principais no folhetim; um hotel cinco estrelas construído do início ao fim (onde acontece o roubo que dá fôlego a toda trama), um pedaço de Copacabana e uma vila da Tijuca e seus arredores. No total, foram 10 mil m2 de área construída.
No burburinho de Copacabana moram Malagueta (Marcelo Serrado), Domênico (Marcos Veras) e Maria Pia (Mariana Santos); é lá também que está localizada a delegacia, comandada pelo delegado Siqueira (Marcello Escorel) e pelos inspetores Antônia (Vanessa Giácomo) e Domênico (Marcos Veras); e a boate Strass, frequentada pelo gerente do hotel, Douglas (Guilherme Weber).
Na Tijuca, vivem na vila a camareira Sandra Helena (Nanda Costa), sua mãe, a costureira Dulcina (Edvana Carvalho), e seu padrasto, Aníbal (Edmilson Barros); o garçom Julio (Thiago Martins) e suas tias, Elza (Nicette Bruno) e Prazeres (Cristina Pereira); além da família Borges; e do casal Evandro (Paulinho Vilhena) e Mônica (Julia Lund). Em outro reduto do bairro moram Madalena (Virgínia Rosa), seu filho Dilson (Ícaro Silva) e Wanderley (Bernardo Marinho).
O Carioca Palace é um mix dos tradicionais cinco estrelas do mundo e a pujança do projeto, assinado por Maurício Rohlfs, impressiona, uma vez que foram construídos dois andares e toda a área comum, incluindo lobby, piscina, quiosque, calçadão – os demais seis andares e a cobertura serão inseridos por computação gráfica -, ocupando 2.200m2. O pé-direito é de seis metros e foram usados materiais reais e nobres: mármore, granito, ferro, vidro, porcelanato, entre outros.
“A ideia é de imponência, apesar do momento um pouco decadente pelo qual passa o hotel durante a gestão Pedrinho (Marcos Caruso). Tudo é real, os materiais e revestimentos são reais e as áreas também. Temos uma piscina e uma cozinha industrial prontas para uso. Reproduzimos com pedras portuguesas o calçadão com o desenho de Burle Marx”, explica May, que comanda, ao lado de Marcelo Carneiro, a equipe de cenógrafos.
As suítes foram montadas em estúdio e o colorido impera. O hotel começa preso numa decoração que remete aos anos 80, o que para May vem a calhar: “Isso vai dar um charme retrô, com uma pegada de cores.”
Seguindo a paleta da novela, os aposentos não serão neutros, ganharão tonalidades vermelhas, laranjas, verdes, douradas e turquesas, além de elementos temáticos. “Estamos usando preto e branco no mobiliário básico e carregando nas tintas nos detalhes – abajures, guardas de cama, cadeiras e poltronas –, que ganharam tons turquesas, laranjas, vermelhos, verdes e dourados. A estrutura é a mesma de qualquer hotel.”
Na Tijuca, a tradição do bairro predomina, seja nos apartamentos ou na vila com 11 casas. “Um clássico tijucano da arquitetura”, explica May. A vila tem peculiaridades para aproximar ainda mais o público da trama. A casa da família Borges (Danton Mello), por exemplo, tem um anexo, uma edícula, para comportar o teatro de bonecos; a casa de Júlio (Thiago Martins), onde ele mora com as tias Elza (Nicette Bruno) e Prazeres (Cristina Pereira), tem um porão e a sala foi construída na cidade cenográfica. “Construímos uma escada que desce ao porão. E como as tias interagem com os demais personagens, fizemos uma sala de visita na cidade cenográfica para estreitar esta relação, sem corte para o estúdio”, destaca a cenógrafa. Na Tijuca cenográfica, não faltarão elementos bem familiares. Estão lá a carrocinha de pipoca, o florista, o vendedor de balas, a banca de jornal, tudo para criar uma atmosfera de aconchego. “Criar esta verossimilhança, esta identidade, é o nosso foco”, brinca May.
Segundo a produtora de arte Eugênia Makaaroun, as pesquisas foram intensas para apresentar ao público um legítimo hotel cinco estrelas. “Este é um universo pouco explorado na dramaturgia, tivemos que nos debruçar em pesquisas para trazer algo crível e à altura de hotéis da mesma categoria”.
São amenities – minicosméticos que ficam à disposição dos hóspedes nas suítes -, roupas de banho, cama e mesa, louças e pratarias, itens de papelaria impressos em dourado, cartões magnéticos, dois grandes lustres de cristal, ou seja, adereços em geral que traduzem o glamour do hotel.
E por falar nos amenities, uma curiosidade: os produtos de perfumaria são assinados pela fictícia empresa de cosméticos Bastile, que movimentava a trama de ‘Totalmente Demais’ e que estará presente, além das suítes, num carrinho de perfumaria, localizado no lobby. O hotel conta também com uma loja de souveniers na qual serão expostas camisetas, moleschinis, canetas, chinelos, todos os produtos com o logo do Carioca Palace, criado pela equipe de Eugênia.
“É desafiador trazer este contexto ao público”, diz a produtora de arte, que capricha nos ornamentos: as louças são portuguesas, os talheres dourados, toalhas e lençóis de excelente qualidade, prataria que compõe tanto a cozinha quanto a mesa do café da manhã, arranjos de flores, além da cozinha industrial profissional que funciona e produzirá pratos de verdade e em grande estilo.
Outros desafios da equipe de produção de arte foram a confecção da canguru Flor e a Serrote, companhia de teatro de bonecos da família Borges. “Pesquisamos grupos de teatro pelo mundo, reunimos referências para criar a nossa companhia. Trouxemos possibilidades para a Claudia (autora) e o Luiz (diretor) trabalharem”, explica Eugênia.
Os bonecos são feitos de madeira talhada, poliuretano e outros materiais, confeccionados dentro e fora dos Estúdios Globo. “Esses elementos nos trouxeram possibilidades de trabalharmos com o lúdico, o mágico, o inesperado. Bonecos que se tornam vivos e nos fazem acreditar que a vida pode ser bela e que vale a pena sonhar”, ressalta Eugênia.
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