Fate: A Saga Winx (Netflix, 2021) | Adaptação da animação diverte, mas é esquecível | Crítica

Série baseada em animação que se popularizou no Brasil nos anos 2000 tem pontos positivos, mas é genérica

Redação Publicado em 22/01/2021, às 11h09

Elenco de Fate: A Saga Winx, nova série da Netflix baseada em popular animação italiana - Foto: Reprodução / Netflix

Fate: A Saga Winx (Netflix, 2021) é o mais novo lançamento da semana, e aposta em partes no saudosismo para atrair um público maior para a produção.

A produção é baseada na popular série de animação italiana O Clube das Winx, de 2004. Dessa forma, a série tenta, ao mesmo tempo, ser original e falar com aqueles que acompanharam a história no começo da década de 2000.

Bloom (Abigail Cowen) chega a Alfea, um internato mágico para fadas e especialistas. Tendo crescido normalmente, ela não fazia ideia que a magia existia de verdade. Até que, um dia, a verdade lhe foi revelada. Ela se choca ao descobrir que é uma fada do fogo.

Dessa forma, ela deve aprender a controlar seus poderes. Enquanto seus pais pensam que ela está na escola na Suíça, Bloom vai para Alfea e precisa se acostumar com um mundo totalmente novo. Ela se torna cada vez mais envolvida em um mistério que permeia toda a escola. Ela passa então a descobrir que nem todos ali são confiáveis.

O mistério em Fate: A Saga Winx

Os adultos parecem ter algo a esconder. Por outro lado, cada um dos colegas de quarto de Bloom tem seus próprios problemas típicos dos adolescentes. A fada da água Aisha (Precious Mustapha) não mede palavras. Já a fada do pensamento Musa (Elisha Applebaum) é inundada de sons. Por sua vez, fada da terra Terra (Eliot Salt) luta com incertezas sobre sua aparência. Por fim, a fada da luz Stella (Hannah van der Westhuysen) tem o peso de seu título de Princesa de Solaria.

Fate: A Saga Winx tem apenas seis episódios. Com tantos personagens a serem apresentados nesse mundo completamente novo, é pouco tempo de tela. Além das fadas, há também os especialistas Sky e Riven, e uma fada do ar chamada Beatrix. Dessa forma, a série tem um ritmo inconstante: acelera em alguns momentos, para em outros.

Um pouco de descompasso

Estranhamente, a série não deixa de dar tempo para cada um dos personagens se apresentar e ter uma história para chamar de sua. Todas as cenas são importantes para entender o enredo central. Além disso, todos eles tem seus próprios arcos narrativos que também conseguem tempo para se desenvolver. Até porque Fate: A Saga Winx não perde tempo com enrolações no primeiro episódio. O que precisamos saber, sabemos logo de cara.

Também é preciso frisar que Fate: A Saga Winx se destina aos dois públicos possíveis: os saudosistas que assistiram a série animada nos anos 2000 e os adolescentes de agora. Ao mesmo tempo em que faz os personagens do desenho serem mais evoluídos, pois falam palavrões e bebem, também há referências à animação clássica. Em resumo: os personagens agem de acordo com sua idade. Ponto positivo para a série.

Por fim, Fate: A Saga Winx se revela uma boa série adolescente, mas sem trazer nada de novo. É uma faca de dois gumes: pode agradar a um público novo e desagradar quem esperava uma adaptação fiel da animação -- e vice-versa.

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