Gabriel Sater fala sobre comparações com o pai, Almir Sater: "Levo de maneira positiva"

Gabriel Sater vai interpretar personagem que foi de seu pai em Pantanal, que estreia neste ano

Redação Publicado em 15/02/2022, às 08h13 - Atualizado às 08h38

Gabriel Sater como Trindade, papel que foi de seu pai, Almir Sater - Foto: Reprodução / Globo

Gabriel Sater assumiu o papel de Trindade, que foi de seu pai, Almir Sater, na exibição original de Pantanal, em 1990. O personagem -- um violeiro misterioso que vive entre as fazendas da região -- era um desejo de Gabriel.

"Eu quis esse personagem mais do que qualquer outro da minha vida. Eu fiz o teste em segredo, sem avisar a ninguém. Gosto das coisas à minha maneira, com calma.
Eu ia tirar um recesso na pandemia, estava indo para uma lua de mel numa casa isolada", explicou ele em entrevista para a coluna de Patrícia Kogut, de "O Globo", nesta terça (15/02).

Quando vi a primeira notícia de que ia ter a novela, meu coração acelerou. Parei, foquei toda a energia possível. Deu certo. Depois do teste, eu comecei a trabalhar a parte física, estudar mais a viola. E sou um dos maiores fãs do meu pai. Vi um pouco a novela quando criança e mais tarde voltei a assistir inteira. É bom ter esse frescor como audiência.

O ator e músico de 41 anos afirmou que o remake de Pantanal não é um desafio simples, justamente por conta do sucesso da versão original, exibida pela Rede Manchete. "Adorei o trabalho do meu pai. Foi importante. E Pantanal traz muitos olhares. Foi um sucesso quando feita em 1990. E qualquer coisa que eu faça tem muita pressão", detalha.

Na sequência, Gabriel reflete sobre as inevitáveis comparações com o seu pai: "Trindade é o personagem que toca viola melhor do que todos que já fiz, e a comparação com meu pai existe desde que eu era mais jovem. Comecei a ingressar na música 22 anos atrás. Então, levo de maneira positiva", garantiu.

A gente é que escolhe se os comentários vão incomodar ou atrapalhar. Não tenho como controlar o que as pessoas podem vir a achar. Já vi muita gente comparando de forma competitiva. E isso é que não existe. Acho que fui um menino "mais globalizado" do que ele, essa é uma das coisas que nos distinguem. E meu pai me achava corajoso por querer fazer coisas diferentes.

O artista também refletiu sobre as particularidades do personagem, que no enredo da novela é suspeito de ter feito pacto com o diabo. "Nessas regiões de fazenda existem muitas lendas. Todo pantaneiro que encontrei contava histórias desse tipo, de peões que fizeram pacto para amansar animais, por exemplo. Não tenho nenhum medo desse assunto. Assisto a muitos conteúdos de suspense", brincou.

Vida a dois com Paula Cunha

A respeito de sua vida pessoal, Gabriel falou sobre sua esposa, Paula Cunha, com quem tem uma produtora que está preparando um novo álbum musical para ser lançado junto com a estreia da novela.

"Ela é muito discreta, não gosta de tirar foto nem de aparecer. É minha parceira de vida, toma conta da produtora de uma maneira muito caprichosa. Quando a gente inicia um relacionamento, não imagina o que vai acontecer, né? Mas estamos juntos há 15 anos. A gente se conheceu em Belo Horizonte (MG), quando fui fazer o lançamento do meu primeiro CD", relembrou.

Ele prosseguiu: "Ela era muito inteligente, formada em Belas Artes, conhecia Clube da Esquina como ninguém. Conversamos por seis meses. O mais interessante da nossa relação é que a gente é muito amigo. Ela me conhece pelo olhar. E puxa meu freio quando quero acelerar o ritmo de trabalho. O que posso me comprometer é a dar o meu melhor, ser um marido presente, que evolui. Casamento é uma conquista constante. Tento fazer o melhor".

No entanto, Gabriel garantiu que ainda não pensa em ter filhos. "Minha família também me pergunta isso. Cada casal tem sua maneira de levar esse tema. Agora temos receio de ter filhos por questões pessoais. A gente dá esse amor para os cachorros. Tenho quatro e está para chegar o quinto. É um sentimento que não tem explicação".

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