"Eu encontrei a minha turma no mundo quando conheci a obra do Domingos”, diz Maria Ribeiro

Atriz estrela a série Todas as Mulheres do Mundo’, produção da Globoplay que estreia nesta quinta-feira

Redação Publicado em 22/04/2020, às 11h43

"Eu encontrei a minha turma no mundo quando conheci a obra do Domingos”, diz Maria Ribeiro - Foto: Reprodução / Instagram
Nesta quinta-feira (23/04), a Globoplay estreia sua mais nova produção original: Todas as Mulheres do Mundo, baseada na obra do dramaturgo Domingos Oliveira.
 
Uma das atrizes que estrelam a produção é Maria Ribeiro. Ela teve o primeiro contato com a obra de Domingos, um dos autores mais celebrados do país, em 1995 -- quando foi convidada para fazer o teste de elenco da peça Amores. Ela não foi escalada, mas a ocasião ficou marcada para sempre em sua memória.
 
"Eu encontrei a minha turma no mundo quando conheci a obra do Domingos. Seis meses depois disso, ele remontou o Confissões de Adolescente e me chamou. Aí, a gente se apaixonou um pelo outro", relembrou em entrevista.
 
A série Todas as Mulheres do Mundo terá 12 episódios, e cada capítulo contará uma nova história de amor vivida por Paulo (Emílio Dantas), um arquiteto morador de Copacabana que se apaixona à primeira vista por mulheres livres, inteligentes e autênticas. Uma delas é Renata (Maria Ribeiro), uma arquiteta que trabalha no mesmo escritório que ele.
 
A série foi criada e escrita por Jorge Furtado e Janaína Fischer, com direção artística de Patricia Pedrosa e direção de Ricardo Spencer e Renata Porto D’Ave.
Na entrevista, Maria Ribeiro comentou sobre sua personagem e de sua relação com Domingos Oliveira, o grande homenageado da série. 
 
Como foi gravar a série 'Todas as Mulheres do Mundo'?
Foi muito emocionante participar das gravações. Eu faço a Renata, personagem que Domingos escreveu para mim no teatro. Eu conheci o Fábio (Assunção) lendo essa peça. E o episódio em que participo com o Fábio se baseia nela. Então, estar na série tem milhões de significados. Acho muito importante todo mundo conhecer a obra do Domingos e popularizar o discurso amoroso dele. É uma série muito especial para mim. 
 
Conte um pouco sobre a sua personagem, a Renata. 
A Renata é uma mulher do mundo corporativo. Ela trabalha no mesmo escritório de arquitetura que o Paulo (Emilio Dantas) e eles acabam se envolvendo. Ela é uma mulher deslumbrada com o poder, que quer ter casa no campo, carro blindado, subir na vida. 
 
O que leva as mulheres a se apaixonarem pelo Paulo? 
O Paulo é um homem verdadeiro, apaixonado. Ele faz cada mulher se sentir a mais especial do mundo. E o Emilio Dantas foi a melhor escalação para esse papel. Não consigo imaginar um Paulo melhor que o Emilio. O Emílio tem uma coisa em comum com o Paulo e com o próprio Domingos: um bom coração.  
 
Como era sua relação com Domingos Oliveira?
Meu encontro com Domingos foi em 1995. Eu fazia Tablado, com Bernardo Jablonski, que era um diretor de teatro muito amigo do Domingos. Ele me contou sobre os testes para a peça “Amores”. Fui ao Planetário, conversei com o Domingos e ele me chamou para ler a peça na casa dele. Acabei não sendo escolhida e fiquei arrasada. Seis meses depois, ele remontou o “Confissões de Adolescentes” e me chamou. Aí, a gente se apaixonou um pelo outro. Quero dizer, eu já era apaixonada por ele, mas ele também se apaixonou por mim (risos). Fizemos “A Primeira Valsa”, “Cabaré Filosófico” 1, 2 e 4, “Inimigo do Povo”, peças, filmes, “Separações”. Durante pelo menos dez anos, Domingos foi a pessoa com quem eu mais convivi.

 Como foi ser dirigida pela Patricia Pedrosa?
Nunca trabalhei com alguém tão legal, tão prática como a Patricia Pedrosa. Ela sabe o que quer, é rápida, deixa as pessoas trabalharem. Acho que a Patricia conduziu de forma muito delicada, cuidadosa e o tempo inteiro lidando com o fato de estarmos em plena primavera feminista. Tudo isso sem perder a poesia do Domingos, que era um homem verdadeiramente apaixonado pelas mulheres. A série só poderia ter sido dirigida por uma mulher.
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