Aos 66 anos, Elymar Santos lembra trabalho como prostituto: “Me pagavam para ter sexo”

Sempre muito discreto quanto sua vida pessoal, Elymar Santos, o Guerreiro Sonhador – como é conhecido no meio artístico –, abriu o coração e lembrou a lembrar a época em que foi garoto de aluguel...

Redação Publicado em 12/12/2019, às 11h34 - Atualizado às 11h51

Elymar Santos contou que precisou trabalhar como prostituto para não passar fome - Foto: Divulgação

Sempre muito discreto quanto sua vida pessoal, Elymar Santos, o Guerreiro Sonhador – como é conhecido no meio artístico –, contou que trabalhou como garoto de aluguel nos anos 70 para não passar fome.

“Como diz a música, já fiz a dois e a três muitas vezes! Já paguei por sexo e já fui pago também. Ou eu ganhava um dinheiro assim ou passava fome. Com meus 16, 17 anos, tive problemas em casa e caí no mundo. Convivi com marginais, fui preso, apanhei, dormi em banco de praça. A vida era um jiló. Não fiquei amargo, mas não posso esquecer o que vivi”, contou o cantor.

Aos 66 anos, o artista contou ao jornal Extra que gosta de surpreender na cama, e que tem o costume de improvisar:

Elymar Santos contou que precisou trabalhar como prostituto para sobreviver – Foto: Divulgação

“Na cama, tem que surpreender, improvisar! Não pode ir com um roteiro pronto. O fetiche surge no momento. Tem gente com quem eu tenho vontade de fazer loucuras; gente com quem eu quero fazer calminho; e tem quem eu queira que vá logo embora. Já minha mania é rezar o terço, todo dia. Outra: se eu me levantar sem botar o pé direito no chão, deito e faço de novo”, revelou.

À publicação, Elymar contou ainda que não costuma ingerir bebidas alcoólicas antes de seus shows:

“Não sou de beber. Faço show à base de água mineral ou de ‘ki-suco de uísque’: um dedo da bebida e o resto de água, só pra dar uma onda e não me chamarem de bobo. Todo mundo cheira, fuma, eu não faço nada! Cerveja, eu gosto para regar o samba”, completou.

Trabalhando no lançamento de seu CD e DVD Elymar Santos — 30 anos, o cantor contou que os últimos três anos foram de muitos baques e recuperações.

“Passei por sucessivos sofrimentos. Fiquei tão mal, que quis parar de cantar. Mais do que nunca, fui guerreiro mesmo”, disse o artista.

Das rasteiras que levou, a mais dolorida foi a perda de sua empresária, Ângela, que faleceu em 2017:

“Tivemos uma parceria de 25 anos. Ela cuidava de tudo, eu só me preocupava com figurino e repertório. Quando o câncer a levou, naquele 19 de janeiro de 2017, o mundo desabou”, lembrou.

No mesmo ano, Elymar ficou sem voz por vários meses:

“Fiquei num camarim todo mofado. Quando subi ao palco, a voz não saiu. Era 22 de abril, ia virar a meia-noite no Dia de São Jorge, e eu fiquei pedindo ao santo para me ajudar, desesperado. [para se recuperar] Eu recitava as músicas, buscava uma coisa teatral para compensar as notas que não alcançava”, lembrou.

Após recuperar a voz, um show em um trio elétrico, já em 2018, o deixou sem andar:

“Na empolgação, joguei a perna por cima de uma grade e danei o nervo ciático. Foram seis meses cantando uma música em pé e três sentado, até recuperar os movimentos.

Além dos perrengues com a saúde e o emocional, Elymart também teve problemas para lançar do DVD Elymar Santos — 30 anos.

“Tive problemas seríssimos com a filmagem. Deu um trabalhão mexer em tudo na edição. Nem acredito que consegui recuperar. Esse trabalho nasceu em meio a um conflito de emoções. O que me manteve de pé foi minha fé”, garantiu ele.

Nascido no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, Elymar contou que tem uma cobertura no Leblon, mas passa a maior parte do tempo em Ramos:

“Nasci no Complexo do Alemão, sem pai, vivi situações terríveis. Tanta coisa louca, que se me dissessem que um dia eu teria a vida de hoje, não acreditaria. Tenho uma cobertura no Leblon, mas fico pouco lá. Meu lar é Ramos. Gosto de ficar perto da minha história para nunca esquecer quem sou”, completou.

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