CCXP 2019: "A competição aqui é mais difícil do que um Mundial lá fora", diz campeão brasileiro de Just Dance - Foto: Reprodução/CENAPOP A final do campeonato
Redação Publicado em 07/12/2019, às 01h52 - Atualizado às 02h09
A final do campeonato brasileiro de Just Dance, chamado Just Dance M.A.C Challenge, acontece neste sábado (07/12) durante a CCXP 2019, organizado pela Ubisoft, e dará ao vencedor uma vaga para disputar o inédito campeonato latino-americano em março de 2020, que também acontecerá no Brasil.
Quem já passou por essa experiência é Tiago Silva de Oliveira, que foi campeão brasileiro na modalidade em 2017. Ele deu uma entrevista exclusiva para o CENAPOP durante a CCXP 2019, e falou sobre como descobriu o jogo e explicou como funcionam os campeonatos, além de projetar o aumento da competitividade dos participantes de competições com a popularização do game, que chega a novas plataformas – e com isso, atinge novos públicos.
Veja a entrevista:
Como é que você começou com o Just Dance? Como foi o seu início nesse jogo?
Eu descobri o jogo por acaso, eu tava fazendo trabalho de ensino médio na casa de amigos meus e aí tinha lá o Just Dance. Aí eu falei: “Legal esse jogo de dança, né? Nunca tinha visto um jogo assim que tivesse que se mexer tanto”. Ai eu falei: “Ah, vou jogar”. Aí quando eu joguei, eu já gostei logo de cara.
Quando eu cheguei em casa, comecei a ver os vídeos no YouTube, aí comecei essa vida de competidor. Fui gostando mais e mais do jogo e hoje em dia tá ai, hoje estou competindo por aí.
E como você descobriu essa vida de competidor? Qual foi a primeira competição que você participou e como você se sentiu quando finalmente conseguiu participar de uma competição como essa?
A primeira competição foi em 2016, na BGS que teve em Brasília. Eu descobri porque estavam divulgando que o campeonato de Just Dance ia dar um XBox. E eu não tinha XBox naquele tempo. Aí eu falei: “Por que não tentar, né?”. Aí comecei a ver vídeos no YouTube, treinar mais, só que nessa competição fiquei em segundo lugar.
Em 2017 tentei de novo, mas também não ganhei. Mas em 2017 eu fui competir na BGS para tentar uma vaga pro (Campeonato) Brasileiro. Consegui a minha vaga, foi a última das vagas. E no Brasileiro ganhei, fui campeão e fui representar o Brasil no Mundial da França em 2018.
Qualquer competição de Just Dance tem pontuação e performance. Então, a parte de pontuação não conta bem como uma colocação. Eu joguei quatro músicas, porque a competição mundial não pega o Just Dance que tá em destaque naquele tempo, ele pega todas as músicas antigas. Então acaba que eu joguei música que eu não tava muito bem treinado, aí acabei pegando umas músicas antigas e não nas novas.
Qual é a sua perspectiva para o jogo daqui para a frente? Ele tá indo para novas plataformas, ele está tendo algumas atualizações, então qual é a sua visão pessoal pelo jogo e pela competição?
Aqui no Brasil, já é uma das maiores comunidades do Just Dance, então isso já ajuda muito no mundo competitivo, mas às vezes atrapalha porque o Brasil é um país muito competitivo. Então, a competição aqui é mais difícil do que um Mundial lá fora.
Acho que com o crescimento das plataformas e tudo o mais, vão surgir mais competidores e vai ficar mais difícil para a gente que já joga (risos). Mas vai ser mais legal porque o Just Dance não é só competir, é conhecer o pessoal de fora, conhecer mais gente ao redor do mundo inteiro, então isso vai ser muito legal.
Veja o momento que Tiago Silva de Oliveira ganha o campeonato em 2017:
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