CINEMA

Morre Baby Peggy, a primeira estrela mirim de Hollywood, aos 101 anos

Morre Baby Peggy, a primeira estrela mirim de Hollywood, aos 101 anos - Foto: Reprodução Diana Serra Cary, conhecida como Baby Peggy, morreu aos 101 anos. Ela

Morre Baby Peggy, a primeira estrela mirim de Hollywood, aos 101 anos - Foto: Reprodução
Morre Baby Peggy, a primeira estrela mirim de Hollywood, aos 101 anos - Foto: Reprodução

Redação Publicado em 25/02/2020, às 13h30 - Atualizado às 13h38

Diana Serra Cary, conhecida como Baby Peggy, morreu aos 101 anos. Ela foi a primeira atriz mirim a fazer sucesso em Hollywood, logo no começo da Primeira Era do Cinema, nos anos 20.

Entre 1921 e 1924, ela chegou a atuar em mais de 150 filmes. Com a inflação corrigida, seus salários seriam equivalentes a cerca de 14 milhões de dólares, aproximadamente 61 milhões de reais.

Com isso, Baby Peggy se tornou a maior estrela infantil da época, abrindo os caminhos para outros jovens anos depois, como Shirley Temple (1924-2014),

A morte de Cary foi noticiada pelo site Hollywood Reporter e pelo jornal New York Times, que confirmou a notícia junto a família. Ela deixa o filho Mark e a neta Stephanie. Robert Cary, marido da atriz e jornalista, morreu em 2003 após 48 anos de casamento.

Um memorial em homenagem à Cary será realizado no Niles Essanay Silent Film Museum, na cidade de Fremont, na Califórnia.

A carreira da atriz foi toda feita no cinema mudo – por isso, jamais disse uma linha sequer em seus filmes. Ela fez Chapeuzinho Vermelho em uma das primeiras versões da história para o cinema, em 1922. Ela também trabalhou em Carmen Jr. (1924), The Darling of New York (1923) e Captain January (1924).

Infelizmente, a maioria dos filmes em que ela trabalhou acabou se perdendo em um grande incêndio, que consumiu os estúdios e arquivos da Century Film Co. em 1926.

A carreira de Peggy teve início logo após à chegada dela em Hollywood, quando tinha apenas 19 meses. Seu primeiro trabalho ocorreu após uma ida dela na companhia da mãe à Century Film para um teste que acabou a levando para trabalhar em um curta estrelado pelo cachorro Brownie, conhecido como O Cão Maravilha.

Aos 10 anos ela já recebia US$ 1 milhão por ano, tendo uma fortuna estimada em US$ 4 milhões. No entanto, a fortuna foi toda gasta por seus pais. Por conta das brigas constantes de seu pai com produtores de seus filmes, ela acabou afastada da indústria e trabalhou pela última vez no cinema como uma figurante na comédia O Mundo se Diverte (1938).

Ela se casou com o ator Gordon Ayres, mas os dois se separaram após 10 anos. Após isso ela se afastou por completo da indústria, adotou o nome de Diana Serra, casou uma segunda vez e passou a trabalhar como jornalista especializada em cinema.

Em 1970, Cary publicou livros sobre Hollywood, focados principalmente na história e nos bastidores de produções do gênero bang-bang e estreladas por artistas infantis. Sua autobiografia Whatever Happened to Baby Peggy? (O Que Aconteceu com Babby Peggy) foi lançada em 1996 e em 2012 ela foi o foco do documentário Baby Peggy, The Elephant in the Room (Baby Peggy, O Elefante na Sala).