Em cartaz com a peça O Camareiro, Tarcísio Meira segue à pleno vapor. Porém, aos 84 anos, ele reconhece que sua saúde não é mais a mesma.
Redação Publicado em 08/12/2019, às 14h54 - Atualizado às 15h45
Em cartaz no Teatro Faap, com a peça O Camareiro, Tarcísio Meira segue à pleno vapor. Aos 84 anos, o veterano ator reconhece, porém, que sua saúde não é mais a mesma.
Ele chega e sai do teatro, que fica em São Paulo, com a ajuda de uma cadeira de rodas. Segundo o ator, ele “arrebentou o menisco” e foi operado três vezes por isso. Além disso, Tarcísio também afirma que o fato de ficar velho – e consequentemente mais perto da morte – o deixa assustado.
“A morte me assusta. Ninguém gosta de pensar que o fim está chegando. Mas ele está chegando para mim. É triste também lidar com a perda dos amigos. Certa vez, fui receber um prêmio de cinema. Dei de cara com o diretor de teatro Antunes Filho. Foi uma alegria, porque fazia anos que não o via. Eu disse: “Antunes, somos sobreviventes”. Pouco tempo depois, o próprio Antunes morreu”, relatou em entrevista publicada pela Revista Veja nesta semana.
Tarcísio lamentou: “A esta altura da vida, muitos colegas da minha idade se foram. Daqui a pouco, vou eu. Talvez eu deixe um vazio nas pessoas”, afirmou.
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Na entrevista, o ator também fala sobre seu relacionamento com Glória Menezes, considerado um dos mais longevos da cultura nacional. Ele disse não haver uma receita certa para que a união dure tanto tempo.
“O casamento é entre mim e minha mulher. Isso não se explica nem se comenta. Um casamento é uma coisa muito particular. Eu amo minha mulher, e ela me ama também. Ao menos creio que seja assim, porque ela me aguenta há 56 anos”, começou Tarcísio.
Em seguida, ensinou: “Um casamento feliz não se faz: ele simplesmente dura. Não somos os únicos, pois tem muita gente com um casamento mais estável que o nosso. Fora do meio artístico, é normal as pessoas ficarem casadas por tanto tempo”, disse.
Sobre política, ele afirmou que já convenceu Glória a votar em Lula no passado. “Não nas últimas eleições. Mas já votei no Lula e convenci minha mulher a votar também. Hoje, está tudo muito confuso, as pessoas ficaram tão enraivecidas”, lamentou.
Por fim, comentou o embate polarizado entre esquerda e direita. “Olha, ando com as duas pernas. Não posso caminhar com a direita sem a ajuda da esquerda, assim como não posso caminhar com a esquerda sem a ajuda da direita. O que estou vendo é que uma perna está brigando com a outra, e esse indivíduo, o Brasil, é capaz de soçobrar. Ora, apenas o saci anda com uma perna só, e, mesmo assim, de vez em quando pega carona com o vento”, refletiu.
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