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“Não tinha o mínimo de dignidade”, diz Diego Hypólito sobre infância pobre

"Não tinha o mínimo de dignidade", diz Diego Hypólito sobre infância pobre - Foto: Reprodução/Instagram Prestes a lançar uma biografia, o ginasta Diego Hypólito

“Não tinha o mínimo de dignidade”, diz Diego Hypólito sobre infância pobre - Foto: Reprodução/Instagram
“Não tinha o mínimo de dignidade”, diz Diego Hypólito sobre infância pobre - Foto: Reprodução/Instagram

Redação Publicado em 27/10/2019, às 15h38

Prestes a lançar uma biografia, o ginasta Diego Hypólito resolveu se abrir sobre sua vida, inclusive sobre a sua infância em uma família de baixa renda.

“Nunca imaginei que um dia eu ia ser famoso. Eu tive uma vida miserável. Era pobre de não ter o que comer. Não tinha o mínimo de dignidade. Uma vez, a minha mãe conseguiu uma lata de leite condensado com a vizinha e dissolvemos no bico de gás o leite para eu poder beber e ir treinar”, revelou.

A situação da família de Diego era, de fato, precária. “A gente não tinha centavos para comprar um fósforo. Ficamos seis meses sem energia elétrica. Foram muitas dificuldades financeiras”, comentou em entrevista para a Revista Quem neste domingo (27/10). “Eu tinha 14 anos de idade e aquele desespero horroroso para mudar de vida”, relembrou.

Ele, que é irmão da também ginasta Daniele Hypólito, revelou na entrevista que vai tentar uma vaga para as próximas Olimpíadas, que acontecerão no Japão em 2020. Há poucos dias, ele criticou o comitê organizador depois que a equipe feminina não conseguiu uma vaga para os Jogos, que serão sediados em Tóquio.

“Foram colocadas muitos dirigentes que eram chefes sem cacife para comandar esse período. Houve erro técnico e de dirigentes. Por isso que o meu objetivo no ano que vem, se eu não conseguir a vaga olímpica, é entrar em algum órgão para a mudança do esporte brasileiro. Pode ser como presidente de uma Federação, politicamente… O atleta tem que ter mais automonia e poder de palavra”, reclamou.

Diego ainda comentou sobre a falta de atletas com vivência em cargos das federações e no comitê. “Não vejo atletas nos cargos de poder. Isso é um absurdo. Ele não entende que um ginasta não se faz com treino de oito horas, com 16 horas de abdicação diária. Tem que se pensar mais no ser humano”, desabafou.

Daniele não foi convocada para compôr a equipe feminina no Mundial de Stuttgart, e isso revoltou Diego. “Não podemos valorizar apenas cinco meninas, sendo que temos uma Daniele Hypólito, de 35 anos de idade, que ficou em terceiro lugar do Brasileiro no ano passado e foi descartada. Além de tantas meninas jovens, que estão começando. Tipo: ‘Você é velha e não vale mais para a Seleção’. Ela foi injustiçada. E sinto que como ela é mais velha e ainda ganha, eles pensam que ela não pode mais. Eu me sacrifiquei na minha vida pelo esporte e ganhei muito com a ginástica. Acho que também tem que incentivar as mais novas para que tenham mais meninas. Quero que todo mundo ganhe! Tem espaço para todo mundo ganhar”, ponderou.