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Após nu em filme, Igor Cotrim diz para mãe não assisti-lo: “Vou poupá-la dessa vez”

Após nu em filme, Igor Cotrim diz para mãe não assisti-lo: "Vou poupá-la dessa vez" - Foto: Reprodução/Instagram Na próxima quinta-feira (23/10), estreia Os

Após nu em filme, Igor Cotrim diz para mãe não assisti-lo: “Vou poupá-la dessa vez” - Foto: Reprodução/Instagram
Após nu em filme, Igor Cotrim diz para mãe não assisti-lo: “Vou poupá-la dessa vez” - Foto: Reprodução/Instagram

Redação Publicado em 23/10/2019, às 11h58 - Atualizado às 11h59

Na próxima quinta-feira (23/10), estreia Os Príncipes, penúltimo trabalho de Luiz Rosemberg Filho – cineasta que faleceu em maio deste ano.

O filme é estrelado por Igor Cotrim, Patricia Niedermeier, Alexandre Dacosta, Ana Abbott e Tonico Pereira, e por mais que tenha “príncipes” em seu título, seus personagens não tem nada de glamouroso, pelo contrário. A ironia no nome ajuda a compreender a mensagem que o filme quer passar: a crítica à banalização da violência na sociedade, principalmente a brasileira.

Aos 44 anos, Cotrim, uma das estrelas do elenco, encara o filme como um grande desafio. “É uma verdadeira porrada, mas dotada de uma linguagem poética. Apesar de o roteiro ter sido escrito na época da ditadura militar, aborda temas contemporâneos, como feminicídio, misoginia, preconceito, falta de empatia, violência e tudo o que o universo feminino sofre”, contou o ator em entrevista para o jornal Extra, publicado nesta quarta (22/10).

Na história ele interpreta Cássio, que entra em uma jornada pela noite carioca ao lado do personagem de Dacosta. No caminho, encontram as prostitutas interpretadas por Ana Abbott e Patricia Niedermeier. Os quatro passam a se questionar sobre assuntos densos, como a violência cotidiana e o sexo, além de andarem na linha tênue entre o prazer e a dor.

“Somos dois detestáveis”, diz Igor sobre seu personagem e o de Dacosta. “Parecemos dois bolsonaristas extremos que acreditam poder sair às ruas, fazer besteiras e sair impunes. Como nos atuais tempos de censura, levamos o espectador à reflexão e mostramos que, do jeito que as coisas estão, não podem continuar”, comparou.

 

Inspiração

Após nu em filme, Igor Cotrim diz para mãe não assisti-lo: “Vou poupá-la dessa vez” – Foto: Reprodução/Instagram

Igor afirmou que, para compor seu personagem, buscou se inspirar no ódio destilado nas redes sociais, em fake news e também em filmes pesados como Laranja Mecânica, clássico de Stanley Kubrick. “Foi um enorme desafio encontrar a raiva, o desprezo que ele tem consigo mesmo e com os seres humanos. Cássio é tudo o que eu não quero que alguém seja”, ponderou.

Assim que terminou sua parte nas gravações, Igor tratou de se livrar do personagem mudando o visual. “Raspei o cabelo, fiz a barba. Só de me ver no espelho, à época, com aquele figurino, já tinha vontade de passar mal. Ele tem uma energia pesada, um grau de veracidade de dar asco. Procurava rezar, agradecer e pensar em coisas boas quando saía das gravações”, disse. Tanta dedicação fez com que o filme fosse reconhecido com prêmios: venceu seis deles no Cine PE de 2018, inclusive para Igor, como Melhor Ator.

Por fim, Igor comentou ter consciência das cenas pesadas que o filme traz, que prometem causar bastante principalmente nas sequências de sexo.

“Tirar a roupa é um trabalho de entrega, por vezes complicado. Tudo foi conduzido de forma confortável, mas o resultado foi forte”, comentou o ator. “Até falei para minha mãe: ‘Dona Branca, não precisa assistir. Não tem necessidade de você me ver pelado em cena, vou poupá-la desta vez’”, brincou.

 

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Os Príncipes de Luiz Rosemberg Filho, um filme necessário em tempos de violência desnecessária e normatizada Dia 24 nos cinemas!

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